Alta Roda por Fernando Calmon

Procura acelerada por híbridos no exterior atrasa as entregas

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Postado 7 de abril de 2025 por Alexandrino Cipriano em

O rápido crescimento da demanda por veículos híbridos não plugáveis e plugáveis em grandes mercados no mundo, divulgado pela agência de notícias Reuters no começo desta semana, era previsível. As vendas globais desta configuração de automóvel quase triplicaram de 5,7 milhões para 16,1 milhões nos últimos cinco anos, de acordo com dados compilados pela LMC Automotive. Isso afeta direta e principalmente a Toyota, precursora deste tipo de motorização, nos principais mercados da América do Norte, Europa, Japão, Coreia do Sul, Índia e até na China.

Compradores enfrentam longas filas após a procura pelos 100% elétricos (VE) arrefecer além do esperado. Faltam sinais claros de quando haverá recuperação. Há combinação de fatores: interessados em elétricos aguardam o preço dos modelos recuar, encontrarem maior número de postos de recarga rápida em estradas e o avanço das baterias de estado sólido mais seguras e que armazenam maior quantidade de energia para estender o alcance. Espera-se por este tipo de bateria em 2028, embora possam estrear antes em alguns modelos.

Segundo a Reuters, “o aumento na procura mostra-se um desafio para a Toyota, dominante em híbridos. Mas também representa a aposta da fabricante japonesa nesta tecnologia contra previsões de alguns rivais de que VEs acabariam com a demanda por híbridos”.

Na Europa, a espera por Yaris Cross híbrido e RAV4 híbrido plugável chega a 70 dias. O dobro de tempo de 2020, apesar do aumento de produção. Na Índia, a Toyota informa de dois a nove meses de espera. Híbridos são um raro ponto positivo para a japonesa na China, onde enfrenta uma competição feroz de marcas locais. Nos EUA, já tinha anunciado que se prepara para converter a maior parte ou toda a sua linha para veículos exclusivamente híbridos.

Hyundai Palisade híbrido tem prazos de entrega, na Coreia do Sul, de até um ano. Em agosto passado, o fabricante disse que dobraria sua linha híbrida para 14 modelos até 2030 a fim de compensar a desaceleração dos elétricos. Na subsidiária Kia, há demora de sete a dez meses.

Honda indica forte interesse na América do Norte e Japão, mas não detalhou tempo de entrega. Outra agência, a Bloomberg, destaca posição da Stellantis que igualmente relata atrasos: “Os VEs não funcionaram, por isso, avançamos a todo vapor com os híbridos”, disse Jean-Philippe Imparato, executivo-chefe na Europa.

Economia de combustível é o principal motivo para híbridos valerem a espera, além de redução de emissões. No Brasil, há igual tendência pelo menor preço e despreocupação com recargas e alcance.

Freio hidráulico pode ser substituído por sistema elétrico

Faz alguns anos, discute-se o secular sistema de freio estar em rota de substituição. Fluido transfere força do pedal para as rodas e com duplo circuito por segurança. Vantagens do recurso eletroeletrônico são grandes: resposta de frenagem mais rápida, menor distância de parada, estabilidade direcional em freadas emergenciais, melhor gerenciamento de transferência de peso, manutenção reduzida pois dispensa fluido, fabricação simplificada devido à ausência de linhas hidráulicas e até possível economia de combustível pela redução de massa do conjunto (se houver).

Ao contrário do freio antibloqueio convencional (ABS), que transmite sensação pulsante e exige mais força sobre o pedal, o novo sistema aplica pressão elevada de modo suave e contínuo. Havia, no entanto, temor sobre sua confiabilidade. Agora, parece em via de ser superado.

Brembo, tradicional marca italiana, e as alemãs ZF e Bosch acabam de anunciar seus sistemas brake-by-wire (freio acionado por fio, em tradução livre). A primeira programa o lançamento para este ano, sem divulgar o cliente, com pinças especiais nas quatro rodas.

A ZF, só em 2028, contudo restrito apenas às rodas traseiras, atraindo encomendas para até cinco milhões de veículos. O componente é maior e mais pesado do que as pinças hidráulicas tradicionais em razão dos pequenos motores elétricos integrados. No caso da Bosch, mantêm-se pinças hidráulicas e usa atuação eletrônica no cilindro-mestre.

Em todos os casos, deve-se considerar preço maior. Informações do site americano Motorillustrated.

Audi A3 sedã 2025: desempenho e estilo em alta

Embora o Circuito Panamericano da Pirelli, em Elias Fausto (SP), tenha possibilitado apenas um primeiro contato com o sedã compacto A3 (próximo a um médio-compacto), atrai logo de início pelo estilo. Grade um pouco exagerada e protuberante, para causar impacto visual mesmo. Faróis Matriz com 24 miniLEDS dispensam qualquer tipo de ajuda, para neblina ou longa distância. Rodas elegantes de liga leve de 19 pol. Traseira é seu ângulo mais bonito.

Dimensões: 4.533 mm (comprimento); 1.851 mm (largura), 1.393 mm (altura) e 2.631 mm (entre-eixos); porta-malas malas, 321 L, tanque, 50 L. Não se destaca, assim, pelo espaço no banco traseiro e nem para bagagem. Acabamento de primeira linha, materiais de alta qualidade e o grande teto elétrico são mesmo de modelo premium. Há duas portas USB-C na frente (voltadas para o motorista) e mais duas atrás, carregador por indução, tela de 10,1 pol., Android Auto e Apple CarPlay. Faz falta a câmera externa de 360º.

Motor de 2 L, 204 cv, 30,6 kgf·m, gasolina, correto para a proposta do carro que tem massa em ordem de marcha de 1.485 kg. O câmbio automatizado de dupla embreagem em banho de óleo e sete marchas está dentro do ótimo padrão da marca. Aceleração de 0 a 100 km/h em 7,4 seg.

Há quem exija desempenho para valer e esses não têm do que reclamar. A versão RS3, 2,5 L, cinco cilindros, oferece nada menos que 400 cv entre 5.600 e 7.000 rpm e torque brutal de 51 kgf·m de 2.250 a 5.600 rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos, tempo de verdadeiro carro esporte em um “pacato” sedã de 1.565 kg e 55 L no tanque.

Preços: R$ 344.990 (Performance Black) e até R$ 714.990,00 (RS 3 Track).

Ituran reforça segurança com novos recursos

Mapa de Risco identifica áreas de maior incidência de furtos e roubos de veículos no Estado de São Paulo. Trata-se de uma ferramenta digital disponível sem custos pelo site ituran.com.br/mapa-de-risco e no aplicativo Ituran Digital BR. Segundo a Secretaria de Segurança paulista, no ano passado ocorreram 72.255 casos e só nos últimos 90 dias, mais de 22.000.

A técnica baseia-se no princípio de “ondas de calor” que mapeia pontos de maior risco e permite aos motoristas e proprietários de motos consultar as regiões mais críticas. Para os clientes da empresa há o serviço adicional gratuito de Alertas de Segurança, que funciona em conjunto com o dispositivo de rastreamento instalado no veículo.

Neste caso, são enviadas notificações personalizadas, via app, logo que o motorista estaciona e desliga o motor. Portanto, há oportunidade de procurar outra vaga ou estacionamento fechado. Os alertas consideram de forma automática o modelo do veículo e informações de criminalidade local. Para isso, a empresa recorre à IA (Inteligência Artificial) e Big Data (Informações em Massa) que cruzam dados de mais de 700.000 veículos monitorados com os disponibilizados pelas secretarias estaduais de segurança pública.

Outra iniciativa da empresa lança mão de IoT (Internet das Coisas) e Data Hub (Central de Dados), em colaboração com a 99 e BVM12 (Bolsa de Valores de Manaus), para que motoristas de aplicativo possam receber em dinheiro o que deixaram de emitir CO2 quando utilizam veículos elétricos.

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