Coluna Histórias & Estórias – Por Chico Lelis:
Luzes: na Terra, Mar e Ar
O primeiro farol do carro surgiu em 1899, onde seu criador (não existe registro do seu nome) se inspirou em candelabros à vela. Entre os primeiros modelos a fazer uso desse equipamento foi o Peugeot Tipo 3, modelo do primeiro carro importado para o Brasil, por Alberto Santos Dumont, o Pai da Avião. O elétrico veio em 1912; com dois filamentos e defletor chegaram em 1930. Cinco anos depois, os primeiros modelos de carros tiveram os faróis embutidos em sua carroceria. E os faróis foram evoluindo até chegarem aos modelos de hoje, que utilizam LED. E, pela legislação, a partir desse ano de 2014, todos os veículos, sejam híbridos, elétricos ou a combustão são obrigados a sair de fábrica com a luz diurna obrigatória, conhecida como DRL.
Mas falar sobre faróis para os automóveis é algo que não causa muita curiosidade, pois todo mundo, seja motorista ou pedestre, conhece bem esta peça indispensável que, muitas vezes é mal-usada, na guerra dos faróis, por exemplo, em estradas de pistas simples, da falta do uso deles nas vias urbanas. E, vou incluir as setas direcionais, que não são muito usadas pelo motorista brasileiro.
E no mar?
Bem, no mar a situação é outra. Os faróis não são peças principais na sinalização das viagens. O mais importante é a cor das luzes colocadas à boreste (direita da embarcação), a verde, e a bombordo (esquerda), vermelha. Elas indicam quando algum barco se aproxima ou se afasta. Quando se avista uma luz invertida, é porque há uma embarcação vinco na sua direção. Nesse caso é passar com a luz verde cruzar com a luz verde do outro barco.
Essa é a regra: a embarcação que estiver navegando pelo boreste (direita) e for avistado, olhando para a direita, uma outra com a luz de bordo vermelha, esta tem preferência. As únicas exceções ficam para barcos a vela e os de pesca arrastando redes têm sempre preferência, independente do bordo em que estejam.
Agora, imaginem essas regras no trânsito das nossas cidades e estradas. O nosso motorista não obedece a distância mínima e, quem obedece, corre o risco de ter o espaço entre seu carro e o da frente, por um apressadinho que não obedece este “mandamento”. E na cidade, quem vem da direita, tem preferência no cruzamento, mas quem respeita a regra? Você obedece ou conhece quem?
No ar
Como informa a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, as luzes externas servem, especialmente à noite, para auxiliar o piloto nas ações de decolagem e aterrissagem de um avião comercial.
Luzes de ponta de asa
São luzes instaladas na ponta de cada asa, mostrando o sentido em que segue o avião. “Essa sinalização é padronizada na aviação comercial no mundo todo. A luz esquerda é vermelha e a direita é verde. Com isso o controlador de voo consegue ver o sentido do avião, diz o consultor técnico da ABEAR, Raul Souza.
Beacon
Não confunda com bacon, apesar da sua cor vermelha. Ela situada embaixo e em cima do avião, no meio do avião, para mostrar que os motores estão ligados e só apagam quando eles são deligados. Serve também como sistema anti-colisão.
Luz traseira
Ela é branca sinalizando a cauda do avião e serve para calcular o tamanho do mesmo, medindo-se a distância entre ela o beacon, que fica no meio.
Luzes de aterragem
São localizadas no trem de pouso ou nas asas. Iluminam a pista e auxiliam o piloto na decolagem e na aterrissagem. Podem ser brancas ou amarelas.
Luzes de motores
Os motores têm uma luz só para eles, mas apenas usadas em caso de acidentes, como colisão com pássaros. Estão nas partes laterais da fuselagem. São brancas ou amarelas.
Strobe
Essas são conhecidas de qualquer um que, à noite, olhando para um avião passando, logo as identificas. São brancas que piscam, com os antigos flashes das máquinas fotográficas (alguém ainda lembra delas?). E podem ser vistas a quilômetros de distância. Estão na frente do avião, mas podem estar nas asas e na sua traseira. (Chico Lelis – chicolelis@gmail.com).