Náutica: Marina brasileira impulsiona mercado de megaiates
Com travel lift (guindaste) único na América Latina capaz de içar embarcações de até 220 toneladas, 170 pés ou 50 metros de comprimento, a Marina Yachtmax encerrou o ano de 2023 com números positivos ao trazer ao Brasil a proposta de estimular a cultura náutica especialmente no nicho de grandes embarcações. Nos primeiros 12 meses em operação, foram movimentados mais de 2 mil pés (600 metros) em barcos. De janeiro a dezembro, grandes iates e veleiros vieram de várias partes do país, especialmente do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Em média, os barcos mediam 100 pés (30 metros) e o maior movimentado foi de 120 pés, em torno de 40 metros. A estrutura está localizada anexo ao Grupo Okean em Itajaí/SC, renomada empresa nacional que atende o país e o exterior e que produz embarcações de 52 a 80 pés da Okean Yachts. O Grupo também é o único fora da Itália que detém a licença de fabricação dos iates de luxo do estaleiro europeu Ferretti Yachts, produzindo embarcações de 55 a 100 pés.
Com 5 mil m² quadrados de área total e espaço coberto de 1 mil m², a marina é fundamental para que embarcações grandes, com até 220 toneladas, possam ser içadas com segurança para serviços de reparo e manutenções preventivas, fundamentais para barcos de lazer. A estrutura conta também com uma carreta para movimentar os ‘gigantes’ nas áreas. No local, neste primeiro ano, foram empregadas 230 pessoas que desenvolveram diversas funções, como içamento, movimentação e docagem. Retoque de pintura, pintura de fundo, polimento, troca de teka, conserto de anodos, eixo e hélice foram os serviços mais solicitados pelos clientes no período. Em média, 10 colaboradores trabalharam simultaneamente em cada embarcação. O ticket médio da diária para realização dos serviços é de R$ 2 mil.
“O Brasil está crescendo em termos de embarcações de lazer com mais de 100 pés, que já é considerado um grande iate. Além disso, tem todo o potencial para despontar na cultura de megaiates, o que reflete na geração de inúmeros empregos diretos e indiretos sem falar de todos os serviços como turismo, comércio e lazer envolvidos com a vinda de um iate como este. Porém, para que possamos crescer nesse setor, como vemos na Europa e Estados Unidos, é necessário que tenhamos estruturas para manter essas embarcações e áreas apropriadas para serviços”, comenta Roberto Paião, CEO do Grupo Okean.
“No Brasil, lançamos esta ideia ao inaugurar a Marina Yachtmax, que é a primeira com capacidade para movimentar embarcações de até 220 toneladas. Além disso, administrar um grande iate é complexo. No caso de iates de 80 pés, de forma didática, é uma estrutura com mais de 300m² de área, com salas, quartos, banheiros, cozinha e varanda, tecnologia e muitos componentes. Por outro lado, com a visão de empreendedores e do governo para impulsionar a náutica, trata-se de um mercado com grande potencial e que pode contribuir de maneira significativa ao desenvolvimento do país”, afirma.
Crescimento da cultura de grandes iates no Brasil
O centro de serviços que atende grandes embarcações também impulsiona a fabricação de megaiates como é o caso da primeira unidade da Ferretti Yachts 1000, que já está em produção no estaleiro Okean. “A fábrica do Grupo Okean também é um demonstrativo do crescimento do país na náutica e fabricação de barcos cada vez maiores. Com 13 mil m² temos a capacidade de construir simultaneamente, mais de 16 embarcações, todas acima de 60 pés. Atualmente, também estamos com 3 iates acima de 26 metros em linha de produção”, explica Paião. (Foto: Marina Yachtmax/Divulgação).