Coluna Histórias & Estórias – Por Chico Lelis:
O metrô chinês e o bonde italiano
O bonde, fabricado pela MaterFer, em Turim, chegou ao porto de Santos (o maior da AL) em 1958, doado pela prefeitura da cidade ao Museu do Bonde na cidade do litoral paulista. No mês de julho, outro veículo sobre trilhos chegará ao porto de Santos, para o Metrô de São Paulo, finalmente ter o que colocar na linha Ouro, que havia sido prometida para 2014. Era para atender os torcedores dos jogos da Copa do Mundo no Brasil, já que havia previsão, frustrada, dos jogos em São Paulo serem realizados no Morumbi. Agora todos os vagões chegarão a tempo de transportar os torcedores para a Copa do Mundo de Futebol Feminino que será realizado no Brasil em 2027.
E qual a relação entre esses dois veículos que circulam sobre rodas? Ambos foram fabricados pela indústria automobilística. O bonde pela Fiat, em Milão, Itália e o carro do Metrô, pela chinesa BYD, em Guang’na, na China.
Turismo e transporte público
O bonde italiano, chamado Bonde Café, é usado pela prefeitura de Santos na sua linha turística que percorre o chamado Centro Velho da cidade em um interessante passeio, com os passageiros servidos de um delicioso café.
Por enquanto, ele está nas oficinas do museu, esperando pelas novas rodas, pois as suas originais se desgastaram e não é possível circular. No modelo camarão, foi fabricado, na década de 40 pela MaterFer – Material Ferroviário, braço ferroviário da Fiat. Pesa 24,5 toneladas, utiliza quatro motores elétricos, que permitem uma velocidade máxima de 45 km/h, transportando 40 passageiros sentados. Se desejar mais informações sobre o bonde italiano, entre no meu blog: https://chicolelis.blogspot.com/.
O Museu do Bonde de Santos tem 12 unidades em seu acervo que percorrem a linha turística da cidade, com a distância de 5 km.
O monotrilho da BYD opera sobre vigas de concreto, que têm 800 mm de largura. Sua velocidade operacional atinge 80 km/h. É equipado com duas baterias de tração. Elas servem para que a composição, com cinco carros, consiga chegar até a próxima estação., caso haja falha no fornecimento de energia normal.
Quando entrar em circulação, com seus 14 trens, o metrô da BYD atenderá a 93 mil passageiros/dia, em um percurso de 6,7 km, com 8 estações, entre a do aeroporto de Congonhas e do Morumbi, sob a administração da concessionária Via Mobilidade, que já opera a linha Lilás, com 17 estações.
O Metrô de São Paulo tem 6 linhas com o total de 104,4 km e 91 estações. E transporta 5 milhões de passageiros/dia. (Chico Lelis – chicolelis@gmail.com).