Dez verdades e mentiras sobre o seguro automóvel
Sempre em crescimento, o seguro automóvel é um dos principais seguros contratados pelo brasileiro, inclusive pela baixa do valor. No começo deste ano, dados do mercado já apontavam uma queda dos preços e alta na procura. Já nesta última semana, a plataforma do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS) divulgou que essa demanda do mercado brasileiro pelo seguro de automóvel cresceu mais de 18,6% no mês de fevereiro, se comparado ao mesmo mês do ano passado e as regiões de Norte e Nordeste foram a que mais se destacaram, crescendo mais de 21% cada. O mesmo aumento foi registrado pela maior rede de corretores de seguros do país, Lojacorr, que somente neste primeiro trimestre deste ano (janeiro a março), o crescimento do seguro auto já chega a 8% em produção.
Mas, apesar de ser o seguro mais contratado pela população brasileira, ainda há dúvidas na hora de contratar e escolher a cobertura ideal e a principal é: bati meu carro, o seguro cobre tudo? Nem sempre! Esta semana, com o dia da mentira, é importante reforçar o que de fato é mentira e o que é verdade sobre o seguro automóvel. Paolo Bonazzi, gerente Comercial da Lojacorr, e o corretor William Paulo de Oliveira, proprietário da Indika Seguros, parceiro da rede, contam as 10 principais dúvidas dos segurados:
Qualquer tipo de seguro automóvel pode ser o ideal para o meu carro!
MENTIRA: Bonazzi explica que, independente da contratação, o principal é contar com o atendimento de um corretor de seguros. “Somente por meio de um corretor de seguros capacitado e licenciado o cliente poderá escolher a cobertura ideal. Nem sempre o básico atende o que, de fato, aquele perfil de segurado precisa. E nem sempre o seguro mais completo é realmente necessário. Todo o perfil do cliente é avaliado junto ao corretor que avaliará o custo-benefício deste seguro”, aponta.
Meu carro ficou em um alagamento, o dano pode ser coberto?
VERDADE: Porém, não é sempre. O corretor alerta que, neste caso, só há a cobertura desde que o segurado não agrave o risco, ou seja, avistou o alagamento e realizou o incidente. “Se tentar passar por um alagamento, irá perder a cobertura. Se estiver em um alagamento, o ideal é deixar o carro estacionado e buscar outro meio de locomoção. Caso esteja parado e aconteça o alagamento, o seguro é coberto normalmente, pois o segurado não teve culpa, não agravou o risco”, explica.
Estava bêbado, bati o carro, mas fico tranquilo porque tenho seguro?
MENTIRA: Oliveira explica que, nessa situação, o segurado perde todos os direitos quando dirige embriagado ou sob efeito de drogas e causa um acidente. “Dirigir bêbado é um agravamento de risco. Mesmo se for seguro de empresa, no caso de frotas, e o funcionário dirija bêbado, é negado o sinistro. É responsabilidade da empresa a condição dos funcionários que utilizam o veículo”, conta.
Contratar um corretor que faz parte de uma rede de corretoras possui mais benefícios?
VERDADE: Um corretor parceiro, por exemplo de uma rede como a Lojacorr, tem todo o suporte necessário para um atendimento mais personalizado. “Quando você contratar seu seguro por meio de um corretor que faz parte de uma rede, você recebe o acesso a cotações com diferentes seguradoras, esse corretor sempre está atualizado da realidade do setor de seguros, está em constante capacitação e networking com as principais corretoras do mercado, possui uma assessoria, suporte e acesso a ferramentas e plataformas com tecnologias, além do atendimento ser mais completo pelo suporte que recebe”, explica Bonazzi.
Meu carro é antigo, ele já não pode mais ter seguro?
MENTIRA: Oliveira aponta que, de modo geral, as seguradoras têm o direito de recusar fazer o seguro por um carro ser muito antigo, porque a possibilidade dele apresentar defeitos é muito maior. “No entanto, o mercado evoluiu e, hoje em dia, apesar de ser mais difícil, há seguradoras que estão apostando nesse nicho”, comenta Oliveira.
Tenho direito a um carro reserva se baterem no meu?
VERDADE: Mas não são em todos os casos. Oliveira explica que é preciso adicionar este serviço no momento da contratação. “Todas as seguradoras oferecem carro reserva no seguro de automóvel, mas se o segurado não optou por este adicional no momento da contratação, não terá o serviço em nenhum tipo de sinistro”, conta o especialista.
Uso o carro para trabalhar como motorista de aplicativo, mas o carro é meu, então não preciso informar a seguradora desse uso:
MENTIRA: Segundo Oliveira, hoje em dia, muitas pessoas usam o carro para trabalhar como motorista de aplicativo e não informam, mas a seguradora consegue descobrir pela placa. “A companhia pode descobrir somente na hora do sinistro e negar, então é preciso avisá-la desde o início. Ela pode colocar um preço maior no seguro, ser um pouco mais restritiva, mas dá para fazer seguro de carro de aplicativo, é só uma questão de ser sincero, porque se ela descobrir irá negar”.
Posso ficar sem a cobertura do seguro, porque mudei de endereço, não avisei a seguradora e meu carro foi roubado?
VERDADE: Neste caso, o segurado fica sem a cobertura, porque para a seguradora é o endereço residencial e o endereço em que o carro fica no período da noite que contam, explica o especialista.
O manobrista bateu no meu carro, e o seguro cobriu diretamente esses danos?
MENTIRA: Para essa cobertura, é necessário primeiro exigir que o dono do estabelecimento se responsabilize. “O ideal é que o estacionamento tenha o seguro de Responsabilidade Civil (RC) Garagista. Se não tiver, é possível acionar o seguro do automóvel e a seguradora busca o ressarcimento com o estacionamento”, diz.
Meu amigo/familiar estava usando meu carro e bateu ou foi roubado. Nem sempre receberei a indenização?
VERDADE: Para ser indenizado, no ato de contratação de um seguro é preciso informar quem é o principal condutor e quem é o condutor secundário. “O seguro é seu, mas nada impede de alguém usar seu veículo emprestado, desde que esteja habilitado. Mas, em caso de sinistro, vai ter que provar que foi algo esporádico, por exemplo: não estava muito bem e o amigo dirigiu. Geralmente o seguro cobre sem problemas, a não ser que a seguradora descubra que o amigo usava todo dia o carro, porque ela pode investigar”, orienta. (Foto: Divulgação).