Ford desenvolve peças com resíduos das oliveiras

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Posted 15 de janeiro de 2024 by bisponeto in

A oliveira fornece o fruto e o azeite que são tradicionalmente consumidos e apreciados em todo o mundo, nos mais diferentes pratos, e futuramente poderá estar presente também nos automóveis. A Ford desenvolve uma pesquisa na Europa para produzir peças automotivas mais sustentáveis, aproveitando galhos e folhas da planta descartados na colheita. Veja o vídeo no link: https://www.youtube.com/watch?v=LnLkfZViqoo.

Esse estudo faz parte do projeto COMPOlive, que incentiva a criação de biocompostos renováveis para reduzir o uso de plástico em vários produtos. Ele também tem como objetivo tornar o ar mais limpo, evitando a queima dos resíduos de oliveira nas plantações.

Os engenheiros da Ford empregaram o novo material para produzir componentes do porta-malas e apoios de pé, que foram aprovados nos testes de robustez e durabilidade. A próxima etapa, agora, é viabilizar a sua produção em escala. A pesquisa utilizou resíduos de olivais da Andaluzia, na Espanha, a maior região produtora de azeite do mundo.

Os testes de durabilidade, resistência e moldabilidade do biocomposto de oliveira foram feitos com a ajuda de tecnologias de simulação inteligente nos laboratórios da Ford em Colônia, na Alemanha. Os protótipos contêm 40% de fibras e 60% de plástico de polipropileno reciclado, aquecidos e moldados por injeção.

Para chegar à mistura certa, foram experimentadas diferentes proporções de resíduos e polipropileno, um trabalho árduo que permitiu produzir um material com excelente resistência, durabilidade e flexibilidade. Entre outras soluções sustentáveis, a Ford já utiliza forros e carpetes feitos de garrafas PET, espuma derivada de soja e peças feitas com plástico reciclado dos oceanos em seus veículos.

“Na Ford, estamos sempre à procura de soluções mais sustentáveis e a inspiração pode vir das fontes mais improváveis. Com o aproveitamento dos resíduos de oliveira, conseguimos substituir uma quantidade significativa de matéria-prima derivada de petróleo. Além disso, as fibras sustentáveis criam uma superfície de aparência exclusiva, que será apreciada pelos clientes”, diz Inga Wehmeyer, líder do projeto na Ford Europa.

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