No coração do processo: os robôs que atuam nas fábricas da Nissan

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Posted 19 de dezembro de 2023 by bisponeto in

Braços dos gigantes de aço e mãos humanas se intercalam em uma coreografia ordenada e precisa. Se existe um slogan para representar a Nissan mundialmente é Innovation that Excites. E esta inovação que emociona se reflete desde o início do processo de produção, em suas duas plantas na América do Sul. Nelas, a automatização de tarefas específicas permite várias melhorias, com destaque para a otimização dos tempos de produção e o aumento da segurança nas plantas, não apenas no processo produtivo, mas também nas tarefas dos operários da manufatura.

Esta eficiência foi obtida com a incorporação de robôs que interagem com os humanos. Atualmente, a Nissan emprega em suas plantas da Argentina (Córdoba) e do Brasil (Resende, Rio de Janeiro) 208 robôs, 524 veículos autoguiados (AGVs), tablets nos postos de trabalho dos operadores, treinamentos com realidade virtual e impressoras 3D, que contribuem para melhorar e muito a atividade produtiva.

Quais são e como funcionam estas tecnologias:

  • Veículos Guiados Automaticamente (AGVs): Estes pequenos robôs autoguiados movimentam carros de peças e plataformas, fazendo com que a operação seja mais segura e silenciosa. Este sistema também permite flexibilidade para modificações e melhorias, pois os AGVs leem fitas magnéticas no piso para se deslocar, cuja posição e extensão podem ser facilmente alteradas. A Nissan conta com 365 AGVs na fábrica Santa Isabel da Argentina e 159 AGVs em Resende;
  • Impressoras 3D para produzir peças: Com o objetivo de aumentar a produtividade e oferecer mais segurança e economia na linha, estas impressoras personalizam as peças de acordo com as necessidades específicas de cada área;
  • Robôs: Tanto em Resende como na Fábrica Santa Isabel, os robôs são utilizados na linha de produção para realizar trabalhos que requerem muita precisão ou podem representar um risco para a segurança ou ergonomia dos colaboradores.

Um dos exemplos mais concretos é o robô que manipula com agilidade e precisão os tetos dos veículos, que pesam 10 quilos em média. E como isso é feito? Primero, ele coloca o teto sobre uma plataforma para em seguida montar a peça sobre a carroceria, finalizando a tarefa com a aplicação de 10 pontos de solda. Tudo isso em apenas 85 segundos. Como resultado, os operários têm um controle mais efetivo dos processos produtivos na área de carroceria da fábrica.

A incorporação dos robôs na área de pintura plástica é outro exemplo de trabalho em equipe com humanos. O primeiro passo é dado pelos operários nas peças dos veículos, as quais seguem seu trajeto para a aplicação da base. Os robôs dão cor e personalidade às peças, uma etapa anterior à aplicação do verniz. Estas três etapas de pintura são realizadas em sequência e não é necessário que as peças sequem entre uma aplicação e outra, graças a um sistema automatizado chamado de “3WET” (úmido sobre úmido). Assim, o processo é mais sustentável, seguro e produtivo, pois permite reduzir o consumo energético e a perda de material.

Digitalização: a chave da aceleração

A digitalização dos postos de trabalho (Digital Workstation) permite que os supervisores de produção acessem todas as informações relacionadas à produção (quantidade, qualidade, manutenção) em tempo real, facilitando e acelerando as decisões para minimizar pontos de atenção no processo.

Já a digitalização da logística de aprovisionamento oferece eficiência, por meio de sistemas interconectados com fornecedores para otimizar os estoques ou os sistemas industriais de ajuda aos operadores, para a seleção e sequenciamento das peças de cada um dos produtos a serem produzidos.

A incorporação de tecnologias nas plantas da Nissan na América do Sul demonstra como a inovação impulsiona a montadora a melhorar seus processos de produção, com ainda mais precisão, agilidade e segurança nas fábricas. Esta estratégia não se limita apenas aos complexos industriais, refletindo-se também nos processos comerciais e no produto final: os veículos.

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