Ford testa E-Transit elétrica com células de hidrogênio no Reino Unido
A Ford está testando no Reino Unido uma nova versão da van elétrica E-Transit que usa eletricidade gerada por células de combustível de hidrogênio, em vez de bateria convencional. Essa tecnologia tem potencial para atender, principalmente, veículos comerciais maiores e mais pesados, em aplicações que requerem maior autonomia e uso intensivo de energia, com emissões zero.
Líder do mercado de vans no Reino Unido há 57 anos, a Ford se uniu a outras empresas líderes em tecnologia automotiva nesse projeto, que conta também com operadores de frota. As células de combustível de hidrogênio produzem eletricidade combinando o hidrogênio transportado em um tanque no veículo com oxigênio. A única emissão resultante desse processo é água.
O sistema funciona como uma “bateria a gás” para aumentar a autonomia e permitir um carregamento mais rápido que as baterias sólidas conectadas à rede elétrica. Ele pode beneficiar os transportadores que percorrem longas distâncias com carga máxima e usam equipamentos auxiliares, como refrigeração, e encontram dificuldade para recarregar a bateria durante o turno de trabalho.
A frota de teste é composta por oito Ford E-Transits com células de combustível de hidrogênio, que vão rodar durante três anos, até 2025. O estudo permitirá saber o custo total de propriedade e de operação e o tempo de atividade de uma van grande com emissões zero, comparado a uma equivalente a diesel.
Os protótipos serão equipados com células de combustível de alta potência e tanques de hidrogênio otimizados com foco na segurança, capacidade, custo e peso. O projeto vai avaliar também a infraestrutura necessária para o reabastecimento de hidrogênio e a reciclagem de componentes do veículo ao fim de sua vida útil.
A Ford pesquisa a tecnologia de células de combustível desde a década de 1990, desenvolvendo protótipos e refinando veículos de teste em parceria com frotistas. Em 2021, a marca apresentou o primeiro protótipo da E-Transit com células de combustível e também está envolvida em vários outros projetos que exploram o uso dessa tecnologia na Europa, inclusive em veículos com motores de combustão interna.