Coluna Muito Além de Rodas e Motores:
VW Taos mostra a evolução dos veículos vendidos no Brasil
Vejam como as coisas mudam, dependendo da situação econômica do País, da moda, da forma de pensar das pessoas, principalmente dos empresários. A indústria automobilística, em contraste com as dificuldades atuais provocadas pela pandemia de covid-19 e a escassez de componentes eletrônicos, pneus e outras peças, passou a lançar no Brasil alguns automóveis recheados de sistemas de avançada tecnologia, naturalmente, de custo elevado, mas muito modernos e diferentes de modelos até há pouco tempo à disposição do mercado.
Entre essas novidades, recentemente tive a oportunidade de conduzir um VW Taos, um SUV de grande prestígio que me surpreendeu pela agradável e excitante dirigibilidade, respostas rápidas, conforto para os ocupantes e, mais importante, passar segurança para quem o conduz.
Com o Taos, notei como os produtos à disposição no mercado estão modernos, avançados e muito diferentes de modelos nacionais produzidos ao longo dos anos e, também, até de muitos importados.
Durante muitos anos, entre as décadas de 1970 e 1990, os executivos da indústria automobilística brasileira davam prioridade à estratégia de reduzir preço eliminando ou reduzindo equipamentos nos modelos comercializados. A própria Volkswagen, na época, para “baratear os seus veículos, adotou a estratégia sugerida por um executivo da área de finanças de eliminar alguns componentes, como o sistema de aquecimento do ambiente interno, colocando-o na lista dos equipamentos opcionais.
Naturalmente, esse profissional deve ter sido aplaudido pela ideia por alguns companheiros de trabalho, mas o que ele fez foi reduzir o número de equipamentos e transferir a despesa para os consumidores. O cidadão também deve ter sido promovido e me fez lembrar de uma declaração de Lee Yacocca, famoso executivo da indústria mundial que, em um de seus livros, declarou que carro com lançamento coordenado por funcionários de finanças jamais alcançou o sucesso esperado.
Sabem por quê? Simplesmente porque os homens de finanças dão prioridade aos baixos custos. E baixo custo, nem sempre possibilita ao consumidor o acesso às melhores tecnologias e a produtos mais avançados, seguros e confortáveis.
Os brasileiros financeiros, na fase do carro popular também excluíram componentes, como a tampa do porta-luvas e o quebra-sol do acompanhante, entre outros componentes. Ou exemplo mais recente é o apoio de mão que ficava acima das portas dos acompanhantes e também foi retirado para “reduzir custos”, com significativa perda de conforto e até de segurança para os passageiros que não têm onde se apoiar. Ou seja, fizeram economia de palitos.
Tenho tido a oportunidade de conhecer alguns novos automóveis e reconheço que o Brasil deu um grande salto tecnológico e iguala-se a mercados internacionais avançados com modelos que surpreendem com inovações que ampliam o nível de conforto, segurança, desempenho, eficiência, economia e satisfação.
Os carros atuais até se comunicam com os seus condutores por diversas formas e, pelos recursos eletrônicos que dispõem, os recebem, como um “gesto” de boas-vindas, acendendo as lanternas, iluminando o chão para facilitar o acesso durante as noites, destravando as portas e abrindo os espelhos retrovisores laterais que foram recolhidos ao serem estacionados, o que representa um abraço de alegre acolhida ao condutor e seus acompanhantes.
Em movimento, por intermédio dos microprocessadores que passaram a ser instalados nos carros modernos, protegem o seu condutor e também os acompanhantes de diversas formas, como dificultam as ações de assaltantes e evitam que se envolvam em acidentes, reagindo autonomamente quando o condutor vacila ou, por descuido, não percebe o perigo que pode envolvê-lo.
O Volkswagen Taos é fabricado na fábrica da Argentina, dividindo o volume de produção com as instalações brasileiras para melhor atender o mercado. Seus recursos eletrônicos são tantos que seria recomendável à rede de revenda explicar de forma didática aos novos proprietários sobre como desfrutar de tudo o que o veículo possui, principalmente em termos de conforto e segurança, com sistemas e recursos tecnológicos. O manual do proprietário ajuda, mas com orientação de profissionais da rede de concessionários, o consumidor poderá mais fácil e imediatamente usufruir de todos esses avanços.
Característica importante do interior do automóvel é o espaço interno, com conforto para os ocupantes do banco traseiro mesmo a pessoas de maior estatura.
O Volkswagen Taos é um SUV bem equipado desde a versão mais barata, com seis airbags, sensores de estacionamento, piloto automático (adaptativo no acabamento Highline) e central VW Play com 10,1 polegadas.
A versão Confort Line tem quadro de instrumentos digital com tela de 8 polegadas que aumenta para 10,25 no modelo com acabamento Highline e faróis de LED que, na versão mais cara ganha sistema IQ Light, grande diferencial com ajuste adaptativo de facho de acordo com as condições do percurso, a velocidade do carro e a iluminação da via além de acompanhamento de trajetória em curvas.
Entre os modos de funcionamento dos faróis estão o City Light, que ilumina trechos mais próximos do carro em perímetro urbano entre 10 e 35 km/h; Motorway Light, que ilumina maior distância em velocidade acima de 110 km/h, e Country Light, que liga os faróis baixos automaticamente acima dos 35 km/h. Há também facho alto automático.
Esse nível de conforto e segurança me faz lembrar do tempo dos primeiros carros que curti sempre entusiasmado e que não dispunham de qualquer equipamento avançado. Por falta de ar-condicionado, eu recorria à abertura dos quebra-ventos para refrescar o interior dos automóveis.
O conjunto de avançados sistemas eletrônicos transmite ao condutor e aos acompanhantes tranquilidade por estarem informados sobre o nível de segurança do automóvel, como piloto automático, auxiliar de estacionamento, stop and go, sensores que detectam pedestres ou obstáculos à frente e em pontos cegos em volta do carro, especialmente veículos e ciclistas nas laterais.
E agora vem o que a informação que a maioria dos apaixonados por carro esperam saber: o pequeno motor flex 1.4 TSI turboalimentado gera 150 cv de potência e torque de 25,5 kgfm e, com transmissão automática de seis marchas faz de 0 a 100 km/h em 9,3 segundos e atinge a velocidade máxima de 194 km/h.
O sistema de suspensão é independente para as quatro rodas, com sistema McPherson nas dianteiras e multlink nas traseiras, que transmitem segurança e conforto aos usuários, mesmo em curvas acentuadas e sobre pisos irregulares.
O conjunto de freio é formado por discos nas quatro rodas e dispõe também de frenagem autônoma de emergência (AEB) com detector de pedestres e sensores que identificam pontos cegos nas laterais e também na parte posterior. O SUV também tem freio de estacionamento eletromecânico e com acionamento e destrave feitos de modo automático.
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Crédito das imagens: Arquivo de Internet
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