Ford adere à coalizão global para incentivar carbono neutro
A Ford anunciou sua adesão à First Movers Coalition, iniciativa global que aproveita o poder de compra de grandes empresas para incentivar a adoção de novas tecnologias de energia limpa nas cadeias de suprimentos. Com isso, a maior fabricante de veículos dos EUA se compromete a, até 2030, ter pelo menos 10% do aço e alumínio que consome com carbono quase zero. A sua meta é, até 2050, alcançar a neutralidade de carbono globalmente em seus veículos, operações e cadeia de suprimentos.
“A Ford tem um forte histórico de pioneirismo em sustentabilidade automotiva. Foi a primeira montadora dos EUA a se comprometer a reduzir as emissões na produção. Agora, como parte da First Movers Coalition, estamos visando o impacto ambiental da nossa cadeia de suprimentos, investindo em aço e alumínio verde”, disse Chris Smith, diretor de Assuntos Governamentais da Ford. “Essa coalizão tem o potencial de construir o futuro do transporte com emissões zero, que é bom para as pessoas, o planeta e os negócios”.
Mais de 50 empresas, com um valor total de mercado de cerca de US$ 8,5 trilhões em cinco continentes, formam agora a coalizão para fortalecer o mercado de tecnologias de carbono zero.
“Reduzir as emissões e ser carbono neutro até 2050 é possível se investirmos nas tecnologias certas e as escalarmos na próxima década”, disse Sue Slaughter, diretora de Sustentabilidade da Cadeia de Suprimentos da Ford. “Ao ingressar na First Movers Coalition, a Ford sinaliza ao mercado que queremos trabalhar com nossos fornecedores para obter aço e alumínio verdes, comercialmente viáveis. O nosso compromisso é ajudar a construir a economia líquida zero”.
Para competir e vencer na nova era de veículos elétricos e conectados, a Ford planeja investir mais de US$ 50 bilhões globalmente de 2022 a 2026 para desenvolver veículos elétricos e baterias. Esses investimentos vão criar novos empregos e uma cadeia de suprimentos que reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e os direitos humanos.
A Ford já recicla até 9.000 toneladas de alumínio mensalmente nas suas unidades de estamparia nos EUA. Produzir alumínio reciclado consome apenas cerca de 5% da energia necessária para fabricar alumínio novo, segundo a Associação do Alumínio dos EUA.
Liderada pelo Fórum Econômico Mundial e pelo governo dos EUA, a First Movers Coalition inclui setores como alumínio, aviação, produtos químicos, concreto, transporte, aço e caminhões, que são responsáveis por 30% das emissões globais – proporção que deve aumentar para mais de 50% em meados do século se não houver avanço nas tecnologias limpas. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o alumínio representa 2% das emissões globais.
Na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a Ford se juntou à RouteZero, coalizão global para conter o aquecimento global, trabalhando para que todos os novos carros e vans tenham emissões zero até 2040, globalmente, e até 2035 nos principais mercados. Para a Europa, a empresa anunciou em março a meta de, até 2035, ter emissões zero em todos os veículos e ser carbono neutro em todas as instalações, logística e fornecedores na região.