Desportistas querem barrar a destruição do AIC
Mais de 200 pessoas participaram de uma “Manifestação Pacífica” na tarde da última quinta-feira (30/09), em frente à Prefeitura de Pinhais. O objetivo, é o de impedir que o Autódromo Internacional de Curitiba se transforme num condomínio de alto padrão. O AIC está situado neste município da região Metropolitana da Capital Paranaense, há mais de 65 anos, antes mesmo de existir a cidade de Pinhais e é considerado o segundo melhor autódromo do Brasil e da América Latina.
Entre os manifestantes estavam Promotores de Eventos, Pilotos, Preparadores, Mecânicos, Fotógrafos, Jornalistas e demais envolvidos com o automobilismo curitibano. O ato foi pacifico e tem em sua organização a #SAVETHEAIC, sob o comando de Diogo Barbosa, presidente do Moto Clube Free Rides CWB, morador das cercanias do autódromo e presença constantes nos eventos como expectador.
A história do Autódromo Internacional de Curitiba começou em 1960, com a doação da área feita pelo Governo do Estado, assinada pelo então governador Paulo Pimentel, e com destinação exclusiva para a construção de um autódromo. Daí a praça esportiva levar no início o nome de Governador Paulo Pimentel. Na época a área estava no município de Piraquara e em 1992 passou para Pinhais, quando o distrito foi elevado à condição de município.
Os manifestantes tentam impedir que a Câmara de Vereadores aprove Projeto de Lei e que a prefeita Marli Paulino (PSD), sancione, transformando a área destinada para fins esportivos (autódromo), em bairro residencial e comercial. Eles prometem manifestações todas as semanas, até que a prefeita desista de mudar a destinação da área e resolva recebe-los para uma reunião, para ouvir os prós e contras, como acontecem em países domocráticos.
Os manifestantes deixaram no ar algumas perguntas que querem respostas, tais como:
– Se a área foi doada pelo Governo do Estado para fins esportivos, pode ser vendida?
– Entre a segunda metade dos anos 70 e a primeira metade dos anos 80, o autódromo ficou fechado e sua reativação só foi possível graças a um acordo em que o município (Piraquara) perdoou dividas de impostos, em troca de obras e a reativação imediata do autódromo. Se isto ocorreu, é possível a venda?
– Como a área se tornou particular?
– É possível edificar a área se no espaço existem três nascentes de água, como vão ficar? Elas serão preservadas?
Os organizadores conclamam para que as pessoas que gostam de automobilismo participem das próximas manifestações, visando manter o autódromo, o segundo melhor da América do Sul, pois uma vez destruído, jamais haverá outro na região e quem perderá serão os moradores de Pinhais.