“Renaulution” – plano estratégico do Grupo Renault

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Postado 3 de fevereiro de 2021 por bisponeto em

Após a aprovação do Conselho de Administração, Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, apresenta hoje o seu novo plano estratégico “Renaulution”, com o objetivo de mudar a estratégia do Grupo Renault de volumes para valor.

Este plano estratégico está estruturado em 3 fases, lançadas em paralelo:
• “Ressurreição”, que se estende até 2023, com foco em recuperação da geração de caixa e margens;

• “Renovação”, que se estende até 2025, para gamas de produtos mais ricas e renovadas, alimentando a lucratividade da marca;

• “Revolução”, a partir 2025 e além, para focar o modelo de negócios em mobilidade, tecnologia e energia, posicionando o Grupo Renault em um lugar de destaque na cadeia de valor das novas mobilidades.

O plano Renaulution vai recuperar a competitividade do Grupo Renault:
• Levando o plano 2o221 a um patamar superior, promovendo a eficiência por meio da engenharia e a manufatura, para reduzir os custos fixos e melhorar os custos variáveis em todo o mundo;
• Alavancando os atuais diferenciais industriais do Grupo e a liderança em motorização elétrica na Europa;
• Contando com a Aliança para expandir a cobertura dos nossos produtos, negócios e tecnologias;
• Acelerando os serviços de mobilidade, serviços de energia dedicados e relacionados ao tratamento de dados;
• Promovendo a lucratividade por meio de 4 unidades de negócio diferenciadas e baseadas em marcas potentes, orientadas para o mercado e os clientes.

Uma nova organização vai implementar este plano: lideradas pela engenharia, as funções são responsáveis pela competitividade, custos e time-to-market dos produtos das marcas. As marcas são claramente diferenciadas e independentes, gerenciando sua lucratividade.

De acordo com esta organização orientada para o valor, a empresa não vai mais se basear em participações de mercado e vendas para mensurar sua performance, mas se baseará na lucratividade, geração de caixa e eficiência dos investimentos.
O Grupo definiu novos objetivos financeiros:
• Até 2023, o Grupo tem a meta de atingir mais de 3% de margem operacional do Grupo, aproximadamente 3 bilhões de euros de fluxo de caixa livre operacional acumulado da Divisão Automotiva2 (2021-23) e investimentos menores (P&D e CAPEX), para aproximadamente 8% de receita;
• Até 2025, o Grupo tem a meta de ter pelo menos 5% de margem operacional do Grupo, aproximadamente 6 bilhões de euros de fluxo de caixa livre operacional acumulado da Divisão Automotiva² (2021-25), e uma melhoria do ROCE3 em pelo menos 15 pontos em comparação com 2019.

O plano Renaulution vai assegurar a lucratividade sustentável do Grupo, mantendo sua trajetória em relação ao compromisso de ter uma pegada de carbono zero na Europa até 2050.

Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, disse“O Renaulution tem o objetivo de mover toda a empresa dos volumes para o valor. Mais do que uma recuperação (turnaround), trata-se de uma profunda transformação do nosso modelo de negócios. Assentamos fundações firmes e equilibradas para a nossa performance. Racionalizamos nossas operações começando pela engenharia, ajustando o nosso tamanho quando necessário, realocando nossos recursos em produtos e tecnologias com alto potencial. Este aumento na eficiência vai alimentar nossa futura gama de produtos: recheada de tecnologias, eletrificada e competitiva. E isso vai alimentar a força das nossas marcas, cada uma com seus próprios territórios, claros e diferenciados, responsável por sua lucratividade e satisfação do cliente. Vamos passar de uma empresa de carros que trabalha com tecnologia para uma empresa de tecnologia que trabalha com carros, fazendo pelo menos 20% de sua receita a partir de serviços, tratamento de dados e comercialização de energia até 2030. Chegaremos lá firmemente, apoiando-nos nos diferenciais desta grande empresa, nas competências e dedicação de suas pessoas. O Renaulution é um plano estratégico interno que vamos implementar e cujos objetivos vamos atingir da mesma forma que o elaboramos: coletivamente”.

O plano Renaulution inclui os principais elementos seguintes:

  1. Acelerar a eficiência das funções, que responderão pela competitividade, custos, tempo de desenvolvimento e time-to-market.
  2. Performance, velocidade e eficiência da manufatura e engenharia, fortalecida pela Aliança:
    – Racionalização das plataformas de 6 para 3 (com 80% dos volumes do Grupo baseados em três plataformas da Aliança) e motores (de 8 para 4 famílias); 
    – Todos os modelos a ser lançados com base em plataformas existentes chegarão ao mercado em menos de 3 anos;
    – Diminuir a capacidade industrial de 4M de unidades em 2019 para 3,1M de unidades em 2025 (padrão Harbour);
    – Reinventar a eficiência com os fornecedores.
  3. Pilotar a presença internacional do Grupo para negócios com altas margens: principalmente na América Latina, Índia e Coreia, alavancando nossa competitividade na Espanha, Marrocos, Romênia, Turquia e criando mais sinergias com a Rússia.
  4. Uma disciplina de custos rigorosa:   
    – Redução dos custos fixos: objetivos do plano 2o22 plano alcançados mais cedo e estendidos até 2023, para chegar a 2,5 bilhões de euros, e um objetivo de 3 bilhões de euros até 2025 (incluindo a variabilidade dos custos fixos);
    – Custos variáveis: melhoria de 600 euros por veículo4 até 2023;
    – Reduzir os investimentos (R&D e CAPEX) em aproximadamente 10% da receita para menos de 8% até 2025.

Todos estes esforços fortalecerão a resiliência do Grupo e reduzirão o seu ponto de equilíbrio (break-even point) em 30% até 2023.

Quatro unidades de negócio com forte identidade e posicionamento. Este novo modelo criará um portfolio de produtos reequilibrado e mais lucrativo, com 24 lançamentos até 2025 – metade deles nos segmentos C/D – e pelo menos 10 veículos 100% elétricos.Esta nova organização orientada pelo valor e ofensiva de produtos promoverão um melhor posicionamento de preços e mix de produtos.

Renault, ”La nouvelle Vague”
A marca vai personificar a modernidade e inovação dentro e fora da indústria automotiva em serviços de mobilidade, tecnologia e energia, por exemplo.
Como parte de sua estratégia, a marca vai aumentar o seu mix de segmentos com uma ofensiva no segmento C e fortalecer suas posições na Europa, além de focar em canais e segmentos lucrativos em mercados-chave, como América Latina e Rússia.

A marca se apoiará em nossos poderosos diferenciais:

•   Líder em eletrificação até 2025 com:
– “Electro pole”, potencialmente no Norte da França, a maior capacidade de produção de VEs do Grupo em todo o mundo;
– Joint venture em hidrogênio, de stacks de células a combustível a veículos.
O mix “mais verde” da Europa
– Metade dos lançamentos na Europa com motorização 100% elétrica, com margens de contribuição maiores do que os veículos equipados com motores a combustão – ICE (em euros);
– Disputar o mercado híbrido, com 35% do mix com motorizações híbridas.

•   Montadora de alta tecnologia no ecossistema: tornar-se um player em tecnologias-chave, de big data a cibersegurança, com a “Software République”.
•   Líder em economia circular, com VEs & serviços de energia dedicados, por meio da Re-Factory em Flins (França).

Dacia-Lada, Tudo. Simplesmente (Tout. Simplement)

A Dacia vai continuar sendo a Dacia com um toque descolado e a Lada continuará sendo resistente e robusta, para continuar oferecendo produtos acessíveis, com base em tecnologias comprovadas dirigidas a compradores racionais, quebrando o teto de vidro do segmento C.

•   Modelos de negócios supereficientes
– Design-to-cost;
– Eficiência melhorada: de 4 plataformas para 1 e de 18 carrocerias para 11, aumentando a média de produção de 0,3m unidades/plataforma para 1,1m unidades/plataforma.

•   Gama de modelos competitiva e renovada, avançando para o segmento C
– 7 modelos lançados até 2025, 2 no segmento C;
– Renascimento de modelos icônicos;
– Eficiência em CO2: alavancar os diferenciais tecnológicos do Grupo tech (LPG para ambas as marcas, E-Tech para a Dacia).

Alpine

A Alpine vai reunir a Alpine Cars, Renault Sport Cars e Renault Sport Racing em uma nova organização totalmente independente, inteligente e enxuta, dedicada ao desenvolvimento de carros esportivos exclusivos e inovadores.

•   Um planejamento de produto 100% elétrico, para dar sustentação à expansão da marca por meio de:
– Alavancagem da escala e capacidades do Grupo Renault e da Aliança, com as plataformas CMF-B & CMF-EV, uma presença industrial global, uma organização de compras potente, uma rede de distribuição global e os serviços financeiros da RCI Bank and Services. Tudo isso assegurará uma competitividade de custos otimizada;
– A F1 no coração dos projetos e a renovação do compromisso com o campeonato;
– Desenvolvimento da próxima geração de carros esportivos elétricos com a Lotus.
 •   Meta de se tornar lucrativa em 2025, incluindo investimentos em automobilismo esportivo.

Mobilize, Além do automóvel
Este nova unidade de negócios tem a meta de desenvolver novas oportunidades de lucro a partir de serviços relacionados à energia, mobilidade e tratamento de dados, em benefício dos usuários de veículos e para gerar mais de 20% da receita do Grupo até 2030.
A Mobilize permitirá que o Grupo Renault dê um salto para o novo mundo da mobilidade mais rápido, oferecendo soluções e serviços para as outras marcas e parceiros externos.

•   Três missões:
– Maior tempo de uso dos veículos (inutilizados em 90% do tempo)
– Melhor gestão do valor residual
– Ambição de atingir uma pegada de carbono zero
 •  Uma linha acessível e útil:
– 4 veículos concebidos sob medida, sendo dois para  carsharing, um para empresas de transporte por aplicativo e um para a última etapa da entrega (last-mile);  
– Soluções inovadoras de financiamento (assinatura, leasing, pay-as-you-go);
– Plataforma dedicada de dados, serviços e software;
– Novos serviços de manutenção e reciclagem (Re-Factory).

Este plano será apresentado às instâncias representativas dos empregados, de acordo com as regulamentações aplicáveis.

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