VENCEDORES E VENCIDOS
Onix, Prisma e novo Onix ocuparam com grande folga a liderança absoluta e nos respectivos segmentos. Tudo indica que a tendência é de crescer ainda, a depender da política de preço que a GM praticar. O Renegade liderou pela primeira vez entre os SUVs compactos desde seu lançamento em 2015, mas nos últimos dois meses de 2019 o T-Cross o superou por margem mínima.
Outro SUV da Jeep, o Compass, continua com participação impressionante de 60%. Trata-se do maior percentual entre os 16 segmentos em que esta Coluna divide o mercado. Além do preço atraente, muitos dos seus concorrentes têm preço maior por serem importados.
A segunda e última mudança na classificação foi entre os sedãs médio-grandes com os BMW Séries 3 e 4 recuperando a liderança. Tiguan quase desbancou o SW4: a diferença entre os dois foi a menor do ranking, apenas 1 p.p.
Nosso ranking tem base técnica com classificação por silhuetas. A referência principal é distância entre eixos, além de outros parâmetros. O enquadramento às vezes implica dúvidas e a escolha, em pouquíssimos casos, torna-se subjetiva. Base de pesquisa é o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Citados apenas os modelos mais representativos (mínimo de três) e em função da importância do segmento. Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Hatch subcompacto: Kwid, 55%; Mobi, 35%; up!, 9%. Kwid consolidou-se.
Hatch compacto: Onix, 28%; Ka, 12%; HB20, 11%; Gol, 9,4%; Argo, 9,1%; Polo, 8,4%; Sandero, 6%; Fox, 4,4%; Yaris, 4,3%; Uno, 2,3%; Etios, 2,2%. Líder continua a avançar.
Sedã compacto: Prisma+Onix Plus, 23%; Ka, 12%; Virtus, 11%; HB20, 9%; Voyage, 7,4%; Yaris, 6,9%; Logan, 6,2%; Cronos, 6%; Versa, 5%; Grand Siena, 3,7%, City, 3,4%; Etios, 3,1%; Cobalt, 3%. Vantagem tende a ampliar.
Sedã médio-compacto: Corolla, 45%; Civic, 22%; Cruze 14%; Jetta, 9%. Inabalável liderança.
Sedã médio-grande: BMW Série 3/4, 33%; Mercedes Classe C, 31%; Passat, 9%. BMW de volta ao topo.
Sedã grande: BMW Séries 5/6, 38%; Mercedes Classe E/CLS, 26%; Panamera, 21%. Líder com menos folga.
Sedã de topo: Mercedes Classe S, 51%; BMW Série 7, 42%; Jaguar XJ, 4%. Mercedes ameaçado.
Cupê esportivo: Mustang, 52%; Camaro, 20%; BMW M2, 14%. Mustang tranquilo.
Cupê esporte: 718 Boxster/Cayman, 35%; 911 24%; BMW Z4, 23%. Domínio Porsche.
SUV compacto: Renegade, 16%; Creta, 13,7%; Kicks, 13,3%; HR-V, 12%; T-Cross, 9%. EcoSport, 8%; Captur, 6,8%; Duster, 6,2%. Renegade, novo líder.
SUV médio-compacto: Compass, 60%; ix35/Tucson, 9%; RAV4, 4%. Imbatível Compass.
SUV médio-grande: SW4, 30%; Tiguan, 29%; Equinox, 10%. SW4 sob ameaça.
SUV grande: Trailblazer, 33%; Volvo XC90, 10%; Range Rover Velar, 8%. Líder tranquilo.
Monovolume: Fit/WR-V, 53%; Spin, 41%; C3 Aircross, 4%. Firme o Fit.
Picape pequena: Strada, 53%; Saveiro, 29%; Oroch, 9%. Strada como sempre.
Picape média: Toro, 33%; Hilux, 20%; S10, 16%. Liderança mantida.
ALTA RODA
Peugeot vai ousar nas ações de marketing com carros de teste. Pela primeira vez, quem deixar um SUV de qualquer marca na concessionária participante poderá usar por 24 horas um 2008 THP, topo de linha. Unidades de teste de outras marcas só ficam disponíveis por percursos limitados e com acompanhamento (não dá para levar e devolver no dia seguinte). É preciso agendar no site da marca.
Locadoras respondem hoje por metade das chamadas vendas diretas, ou seja, 22% dos 44% que representam a comercialização por meio de faturamento direto da fabricante para empresas (com CNPJ) ou PCD e taxistas (com CPF). Cada marca tem sua política de maior ou menor desconto para microempresas. Depende ainda do momento de mercado e do modelo, mas concessionárias disputam clientes como no varejo tradicional.
Corolla GLi atrai pela boa relação preço-benefício. Bancos mesclam couro e tecido, porém ar-condicionado não é digital. Suspensão ficou melhor e o câmbio CVT responde bem ao tirar o carro da inércia. Novo motor 2-litros destaca-se pelos 177 cv e ótimo torque. Como ficou mais econômico compensou em parte o tanque de combustível menor. Este é 17% menor que o anterior (perdeu 10 litros), contudo a autonomia caiu só 8% em estrada.
RESSALVA: Aston Martin tem 107 anos de vida (fundada em 1913) e não 197. Na coluna da semana passada houve erro de digitação.
____________________________________________________________________________
fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2