VENCEDORES E VENCIDOS
Embora hatches subcompactos e compactos ainda representem 40% do total aqui, o subsegmento de SUVs compactos não para de crescer. E foi justamente neste que ocorreu a única mudança de liderança do ranking da coluna. O Renegade, pela primeira vez, desde o lançamento em março de 2015, assumiu a ponta em um semestre e reúne boa chance de fechar o ano nessa posição. No entanto, foi a vitória menos folgada, apenas quatro pontos percentuais à frente do Kicks.
Por outro lado, o que alcançou a liderança esmagadora foi o Mercedes-Benz Classe S, com 89%. Mas, este é um segmento minúsculo, de vendas simbólicas (cinco dos oito modelos não acharam nenhum comprador). Os dominadores continuam a ter resultados acima de 50% de participação: Kwid, BMW Séries 5/6, Mustang, Compass, Fit/WR-V e a mais longeva líder, a picape Strada. Esta voltou a superar os 50% e deixou as três adversárias diretas bem para trás.
Nosso ranking tem base técnica com classificação por silhuetas. A referência principal é distância entre eixos, além de outros parâmetros. O enquadramento às vezes implica dúvidas e a escolha, em pouquíssimos casos, torna-se subjetiva. Base de pesquisa é o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Citados apenas os modelos mais representativos (mínimo de três) e em função da importância do segmento. Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Hatch subcompacto: Kwid, 55%; Mobi, 35%; up!, 8%. Kwid consolida-se (FOTO).
Hatch compacto: Onix, 28%; HB20, 13%; Ka, 12%; Gol, 9,2%; Argo, 8,7%; Polo, 8%; Sandero, 5,4%; Fox, 5%; Yaris, 4,3%; Uno, 2,3%; Etios, 2,1%. Líder ainda mais à frente.
Sedã compacto: Prisma, 21%; Ka, 11,7%; Virtus, 11,2%; HB20, 8%; Voyage, 7,8%; Yaris, 7,5%; Logan, 6,5%; Cronos, 5,6%; Versa, 5,1%; Grand Siena, 4,7%, City, 4%; Cobalt, 3,4%; Etios, 3,1%. Prisma com folga.
Sedã médio-compacto: Corolla, 42%; Civic, 22%; Cruze 14%; Jetta, 9%. Inabalável liderança.
Sedã médio-grande: Mercedes Classe C, 32%; BMW Séries 3/4, 25%; Fusion, 12%. Líder se manteve.
Sedã grande: BMW Séries 5/6, 51%; Mercedes Classe E/CLS, 29%; Panamera, 11%. BMW avançou.
Sedã de topo: Mercedes Classe S, 89%; BMW Série 7, 7%; Rolls-Royce Wraith, 4%. Resultado esmagador.
Cupê esportivo: Mustang, 54%; Camaro, 21%; BMW M2, 12%. Mustang muito firme.
Cupê esporte: 718 Boxster/Cayman, 47%; 911, 25%; BMW Z4, 9%. Porsche absoluta.
SUV compacto: Renegade, 18%; Kicks, 14%; Creta, 13%; HR-V, 12,7%; EcoSport, 8%; Captur, 7,4%; Duster, 7%; Tracker, 4,7%; T-Cross, 4,3%. Renegade virou o jogo.
SUV médio-compacto: Compass, 60%; ix35/Tucson, 10%; Sportage, 4%. Líder aumenta vantagem.
SUV médio-grande: SW4, 32%; Tiguan, 27%; Equinox, 12%. SW4 com menos folga.
SUV grande: Trailblazer, 32%; Range Rover Velar, 10,7%; Volvo XC90, 10,5%. Trailblazer ainda firme.
Monovolume: Fit/WR-V, 57%; Spin, 37%; C3 Aircross, 5%. Líder sem discussão.
Picape pequena: Strada, 54%; Saveiro, 28%; Montana, 9%. Strada imbatível.
Picape média: Toro, 32%; Hilux, 22%; S10, 16%. Liderança serena.
ALTA RODA
VOLKSWAGEN e Ford parecem cada vez mais próximas de algo além de simples acordos de cooperação. Acabam de anunciar outros dois. Trabalharão juntas em veículos de condução autônoma por meio da empresa Argo AI. VW fornecerá sua arquitetura de automóveis elétricos para modelos da Ford na Europa. Por enquanto, não se fala em fusão. Até quando?
POUCO mais de três anos após seu lançamento, Fiat apresenta ano-modelo 2020 da Toro para consolidar liderança na faixa de uma tonelada. Agora um discreto quebra-mato está em todas as 10 versões da picape e tela multimídia passou de 5 para 7 pol. No último trimestre, kit batizado de Ultra com tampa rígida para a caçamba, produzida na fábrica, aumentará versatilidade. Preços: R$ 92.990 a 159.990.
TORO também tem nova versão de entrada com motor flex de 1,8 L e câmbio manual de cinco marchas. Ideia é atrair compradores pelo preço menor ou utilização comercial. No uso em cidade será difícil conseguir novos clientes só por essa oferta. Bom o engate das marchas, porém se trata de um veículo muito pesado para o torque disponível. Com carga ficará lento.
BORGWARNER prevê produção crescente de turbocompressores, tanto no exterior como no Brasil. No intervalo de 10 anos (2017-2027), a participação em motores a combustão deve passar de 43% para 59% no mercado mundial. Aqui essa proporção será menor, mas bem acima de hoje. Pelo menos quatro fabricantes ampliarão a oferta de turbos em novos produtos.
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