FCA inova mais uma vez com o Safety Center
Instalado no Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG), o Safety Center conta com uma área de 7.600 m² e pista de 130 metros, com capacidade de realização de testes de impacto de até 4 toneladas a 100 km/h. Simulando uma grande variedade de situações, as provas físicas realizadas no local avaliam a estrutura do automóvel, a calibração dos airbags e os sistemas de retenção dos ocupantes. A iniciativa é mais um passo da FCA no caminho de produzir carros cada vez mais conectados à segurança dos usuários.
Para Marcio Tonani, diretor de Desenvolvimento de Produto da FCA para América Latina, “o Safety Center é uma importante conquista, que confirma o protagonismo do grupo na região e contribui para a melhoria e maior agilidade no desenvolvimento, mantendo os níveis de segurança exigidos internacionalmente.” O novo espaço também coloca a empresa em posição privilegiada diante dos requisitos que virão dentro do programa Rota 2030.
Autossuficiência
Com investimento de aproximadamente R$ 40 milhões (entre infraestrutura, equipamentos de última geração e treinamento) somado aos esforços de uma equipe composta por 50 profissionais, o Safety Center Betim foi gerado em menos de um ano para realizar testes de impacto frontal, posterior e lateral contra barreiras rígidas e postes, com provas de padrão internacional, abrangendo todas as homologações e testes de agências independentes não governamentais.
Até este momento, todo veículo da FCA criado na América Latina utilizava laboratórios do grupo na Europa ou nos Estados Unidos. “Com o Safety Center em Betim, ganhamos autonomia e reduzimos o tempo de desenvolvimento dos automóveis”, afirma Silvio Piancastelli, gerente de Conceito de Veículo.
O espaço é a parte que faltava para que a FCA Latam fosse totalmente autônoma na criação e desenvolvimento de carros. O primeiro modelo do grupo desenvolvido 100% na América Latina foi o Novo Fiat Uno, concebido em 2008 e lançado em 2010, e cases como Toro, Argo e Cronos marcaram essa evolução. “Com o laboratório, há também o complemento do know-how dos engenheiros da região LATAM”, completa Piancastelli.
Do virtual para o mundo físico
Outro aspecto importante do novo centro é que ele está interligado a toda a cadeia de desenvolvimento de produtos, desde a fase de conceito, passando pelas simulações virtuais, até chegar às provas físicas de desenvolvimento e homologação e ao início da produção do novo veículo.
O auxílio da realidade virtual, por exemplo, faz com que o desenvolvimento de veículos ganhe em precisão e economia com protótipos, já que só é produzido um modelo real depois de complexas análises em 3D. Assim, o carro físico já vai para os testes com todo a retaguarda da engenharia e maturidade adquiridas no processo, o que reduz muito a quantidade de ajustes a se fazer.
Mais números de destaque:
– 100 mil Lúmens: capacidade do sistema de iluminação de LED;
– 1940 fps (quadros por segundo): resolução das cinco câmeras de altíssima resolução – full HD;
– 1000 g: resistência a impactos dos equipamentos (g = unidade de aceleração da gravidade);
– 2000 g: capacidade de medição dos acelerômetros;
– 96 provas por ano (em 2019);
– 72 veículos testados por ano (em 2019).