Vitória nas Quatro Horas de Curitiba foi do AJR de Marques, Kray e Orige

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Posted 1 de abril de 2019 by bisponeto in
Foram 153 voltas para se conhecesse o primeiro vencedor de 2019 da temporada do Império Endurance Brasil, que abriu seu calendário com as Quatro Horas de Curitiba, em um final cinematográfico, onde três décimos de segundo de diferença deram a vitória ao ex-F1 Tarso Marques, Vicente Orige e Carlos Kray, com o AJR n.º 88, da JLM Racing, em cima da Mercedes AMG GT3 n.º 09, de Xandinho e Xandy Negrão, em uma disputa eletrizante e troca de lideranças da largada até a linha de chegada, em uma corrida marcada por oito intervenções do safety car.

Já na largada, David Muffato, que forma dupla com o estreante Pedro Queirolo, a bordo do AJR n.º 113, pulou na frente e assumiu a liderança da prova depois de largar na quinta colocação, deixando para trás o AJR n.º 65 dos poles positons Nilson a José Ribeiro, colocando na segunda colocação o AJR n.º 05 de Julio Martini, Tiel de Andrade e Andersom Toso (MC Tubarão), seguido por Kray.

A primeira intervenção do safety car aconteceu na segunda volta com a Ferrari 458 n.º 155 de Peter Ferter e Ricardo Mendes saindo da pista, com a relargada na nona volta com a estreante Ginetta G57 n.º 20 de Fabio, Wagner Ebrahim e Pedro Aguiar (Ginetta Brasil) ganhando duas posições e conquistando a terceira colocação. O AJR n.º 65 da família Ribeiro seguiu forte na briga buscando recuperar posições, ocupando a quinta colocação e travando um belo duelo com o AJR n.º 11 de Emílio Padron, Thiago Marques e Marcelo Vianna (JLM Motorsport).

Após 30 minutos de corrida, mais uma intervenção do safety car dessa vez para resgatar o Radical n.º 89 de Matheus e Renato Stumpf (Realdrive) e logo depois para a retirada do MRX n.º 44 de Ruben Ghisleni, Ian Ely e Daniel Claudino (Autoracing). Na relargada um incidente entre a novíssima Ferrari 488 n.º 19 dos atual campeão da categoria Chico Longo, que forma dupla com Daniel Serra (Via Italia Racing), e a Mercedes AMG GT3 n.º 08 de Guilherme Figueiroa e Julio Campos (AMG GT3), tirou o carro n.º 08 de combate. O forte calor acabou sendo um dos grandes desafios das equipes para evitar o desgaste do equipamento para a prova de longa duração.

Com 50 minutos de prova, a primeira janela obrigatória foi aberta, e o líder Muffato completou seu primeiro stint para passar o comando do AJR para Queirolo. Na parada a Ferrari de Longo e Serra enfrentou problemas com o macaco pneumático prejudicando muito seu pitstop. A relargada aconteceu na volta 45 com Queirolo tendo uma ótima vantagem em relação ao segundo colocado.

O safety car mais uma vez foi acionado na volta 70, após um incidente entre o MRX n.º 75 de Fernando Fortes, Henrique Assunção e Emílio Padron (Satti Racing) e a Lamborghini n.º 18 de Fernando Poeta e Humberto Giacomello (Mottin Racing). Na terceira janela a decisão pela liderança veio no box na troca de pilotos, com o AJR n.º 88 saindo na frente do AJR n.º 113, com uma briga paranaense pela ponta entre Tarso e Muffato. Com um incidente entre a AMG GT4 n.º 22 de Leandro Ferrari e Flavio Abrunhoza (AMG GT4), a Ferrari de Ferter e a Ginetta n.º 16 de Esio Vichiesi, Kreis Jr. e Renan Guerra (Stillux Racing Team), a nova entrada do carro de segurança praticamente anulou a vantagem do AJR n.º 113 em relação ao n.º 88. Tendo na terceira colocação Negrão e logo em seguida a Porsche 911 GT3 R n.º 55, de Marcel Visconde e Ricardo Maurício (Stuttgart Motorsport), os quatro com grandes chances de brigar por vitória na geral e em suas categorias a P1 e a GT3, respectivamente.

Uma nova relargada deixou Tarso com boa vantagem sobre Muffato, que liderou as duas primeiras horas de corrida e com o pneu dianteiro esquerdo furado teve que entrar para o box. Faltando 1h20 para o final da corrida, Xandy e Marcel foram protagonistas de belas disputas na luta pela vitória na GT3. Na classe P3, os irmãos, campeões da categoria em 2018, Gustavo e Rafael Simon com o MRX n.º 56 lideravam, seguidos pelo MRX n.º 72 de Carlos e Yuri Antunes, ambas as duplas da Motorcar Racing.

Na volta 106, o safety car novamente foi acionado e mais uma janela obrigatória foi aberta, faltando pouco mais de uma hora para o término da competição e as estratégias foram se desenhando. O Porsche permaneceu na pista, enquanto o AJR n.º 88, a Mercedes n.º 09 e o AJR n.º 113 fizeram seus pit stops.

Com a parada Xandinho assumiu o comando da Mercedes e a liderança da prova após 117 voltas completadas, em um pitstop perfeito da equipe chefiada por Carlos Chiarelli. Faltando 45 minutos para o final, Orige começou a descontar a diferença em relação ao líder da prova e em uma ultrapassagem conquistou a liderança, mas nada estava definido. A vitória só veio na bandeirada, com Orige cruzando a linha de chegada em primeiro e conquistando a vitória também na classe P1, Xandinho em segundo conquistando também a vitória na GT3, Queirolo em terceiro, Ricardo Maurício em quarto e José Ribeiro em quinto.

Ao todo, 33 carros compuseram o grid, composto pela geral e mais sete categorias. Na categoria GT4, a vitória foi dos estreantes Leandro Romera e Alexandre Auler, com a Mercedes AMG GT4 n.º 03, na classe P3, quem levou a melhor foi o campeoníssimo MRX n.º 56, de Gustavo e Rafael Simon. Na P4, o topo do pódio foi de Ricardo Haag e Mario Marcondes (MRX n.º 34). Na GT4 Light, Arthur Caleffi e Ia Ely conquistaram a vitória com a Mercedes CLA AMG n.º 21 (Mottin Racing).

A próxima etapa acontece no dia 25 de maio, onde o Império Endurance Brasil desembarca pela primeira vez na capital de Goiás, na disputa da segunda etapa no Autódromo Internacional de Goiânia.

O que eles disseram:

Tarso Marques: “Melhor impossível a nossa corrida. Lógico que o que queríamos buscar era a vitória, mas tivemos problemas durante os treinos e acabou que no final deu tudo certo. O AJR é um carro sensacional, muito rápido e, tanto o Kray, quanto o Vicente fizeram um trabalho incrível, para conseguirmos essa vitória”.

Carlos Kray: “Foi uma corrida de surpresas, onde no final conseguimos ficar com a liderança e ganhamos a corrida. Foi muito bom. O Tarso se uniu a mim e ao Vicente, que já formamos dupla na temporada passada e tivemos bons momentos na corrida. A JLM amadureceu seu projeto, com um carro que tem uma quilometragem e podemos fazer uma boa leitura dele. Temos um time forte com um ex-F1 e um campeão brasileiro de Marcas. Tenho certeza que esse ano promete”.

Vicente Orige: “As provas de Endurance são longas e no decorrer tem muitas surpresas, muitas estratégias e hoje deu tudo certo para gente. Conseguimos andar rápido, o carro não teve nenhum problema, com pit stops foram perfeitos. No final, tirei um pouco o pé, para poupar combustível e o retrovisor estava bem ruim de enxergar e eu não vi que o Xandinho estava tão próximo. Tive um sustinho e acelerei forte na volta final. Deu certo”.

Xandinho Negrão: “Começar vencendo é sempre muito bom. Meu pai fez uma excelente largada e ganhou várias posições, no meu primeiro stint tivemos um furo no pneu traseiro esquerdo e paramos novamente, mas por ser uma corrida longa fomos buscar a diferença entre os líderes. Chegamos muito perto da vitória na geral também, o protótipo n.º 88 que é da categoria mais rápida, vinha economizando combustível, então conseguimos chegar nele e por poucos metros não cruzamos a linha de chegada com mais essa vitória. Estamos felizes com o resultado, a categoria vem crescendo, trazendo mais carros para a disputa e se mantendo muito competitiva”, explicou Xandinho Negrão.

Xandy Negrão: Essa foi a quinta vitória da dupla da equipe Scuderia 111, que no ano passado quando retornaram as competições, venceram quatro das seis provas que participaram, sendo duas dessas vitórias na geral. “Ganhar sempre é bom e ainda chegamos em segundo lugar a três décimos do líder, realmente foi ótimo. Tivemos o Chico Longo com Daniel Serra com carro novo, a Ferrari 488, muito rápida, mas classificação é uma coisa, treino é treino e corrida é corrida, o que vale é isso ai, ganhamos e estamos muito felizes”, contou o piloto Xandy Negrão.

Ricardo Mauricio: “A equipe trabalhou muito bem e abrimos a temporada com um ótimo resultado. Deu tudo certo”, afirmava Visconde após a prova. “A equipe acertou nas estratégias e o Marcel guiou muito bem. No meu primeiro turno, me dei bem em uma ultrapassagem sobre retardatários e passei à frente do Xandinho. Agora vamos para a próxima corrida”, completou Mauricio.

Resultado final da 4 Horas de Curitiba:

1.º) Vicente Orige, Carlos Kray e Tarso Marques – AJR, 153 voltas em 4.00.16.163;

2.º) Xandy e Xandinho Negrão – Mercedes AMG GT3, a 0.378;

3.º) Pedro Queirolo e David Muffato – AJR, a 27.491;

4.º) Marcel Visconde e Ricardo Maurício – Porsche 911 GT3 R, a 58.873;

5.º) Nilson Ribeiro e José Ribeiro – AJR, a três voltas;

6.º) Chico Longo e Daniel Serra – Ferrari 488, a sete voltas;

7.º) Alexandre Auler e Leandro Romera – Mercedes AMG GT4, a oito voltas;

8.º) Wagner Ebrahim, Fábio Ebrahim e Pedro Aguiar – Ginetta G57, a nove voltas;

9.º) Sergio Ribas e Guilherme Ribas – Aston Martin, a 10 voltas;

10.º) Esio Vichiesi, Renan Guerra e Kreis Jr. – Ginetta , a 11 voltas;

Confira o resultado dos três primeiros colocados em cada categoria:

P1:

1.º) Vicente Orige, Carlos Kray e Thiago Marques (AJR n.º 88);

2.º) David Muffato e Pedro Queirolo (AJR n.º 113);

3.º) Nilson Ribeiro e José Ribeiro (AJR n.º 65);

4.º) Fabio Ebrahim, Wagner Ebrahim e Pedro Aguiar (Ginetta G57 n.º 20).

GT3:

1.º) Xandy Negrão e Xandinho Negrão (Mercedes AMG GT3 n.º 09);

2.º) Marcel Visconde e Ricardo Mauricio (Porsche 911 GT3 R n.º 55);

3.º) Daniel Serra e Chico Longo (Ferrari 488 n.º 19).

GT3 Light:

1.º) Sergio Ribas e Guilherme Ribas (Aston Martin n.º 63).

GT4:

1.º) Alexandre Auler e Leandro Romera (AMG GT4 n.º 03);

2.º) Esio Vichiesi, Renan Guerra e Kreis Jr. (Ginetta n.º 16);

3.º) Henry Visconde, Marcio Basso e Guilherme Salas (Audi A3 TCR n.º 64);

4.º) Flavio Abrunhoza e Leandro Ferrari (Mercedes AMG GT4 n.º 22).

GT4 Light:

1.º) Arthur Caleffi e Ian Ely (Mercedes CLA AMG n.º 21);

2.º) Junior Victorette e Marcelo Karam (Mercees CLA AMG n.º 14).

P2:

1.º) Ney Faustini/Ney Sá Faustini (Geebee n.º 25);

2.º) Jair Bana/Duda Bana (Protótipo Predador n.º 35);

3.º) Mauro Kern/Paulo Souza (MCR Tubarão n.º 32).

P3:

1.º) Gustavo Simon e Rafael Simon – (MRX n.º 56);

2.º) Aldoir Sette e Marcelo Campagnolo (Protótipo 7 n.º 07);

3.º) Carlos Antunes e Yuri Antunes (MRX n.º 72).

P4:

1.º) Ricardo Haag e Mario Marcondes – (MRX n.º 34);

2.º) Alejandro Cignetti e Marcelo Miguel (Spyder n.º 74).

Fotos: Bruno Terena.

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