VENCEDORES E VENCIDOS
Hatches subcompactos e sedãs compactos subiram acima da média, bem como os quatro subsegmentos de SUVs. Entretanto, estes se estabilizaram em torno de 20% das vendas totais, o que não deixa de surpreender, embora a tendência seja de avançar nos próximos anos para pelo menos 25% (nos EUA, por exemplo, representam 55% do mercado).
A reviravolta do ano foi preconizada pelo Hyundai Creta ao desbancar da liderança, pela primeira vez, o Honda HR-V. Luta equilibrada, pois os três primeiros se mantiveram no patamar de 14% das preferências. Outro novo campeão, BMW Série 5, reflete a boa aceitação da geração recém-lançada.
Resultado curioso envolveu o Ford Ka. Ele foi o terceiro nos dois segmentos em que concorre, mas somados ultrapassaram a família HB20 de hatch e sedã, subindo para o segundo lugar. Venderam 142.000 e 137.000 unidades, respectivamente, em números redondos. Já a família Onix e Prisma entrou na garagem de 282.000 brasileiros, quase o dobro do segundo colocado.
Base de pesquisa é o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento. Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Hatch subcompacto: Kwid, 48%; Mobi, 35%; up!, 15%. Kwid avançou um pouco.
Hatch compacto: Onix, 26%; HB20, 13%; Ka, 12,6%; Gol, 9,5%; Polo, 8,5%; Argo, 8%; Sandero, 6,5%; Fox, 5%; Etios, 2,4%; Yaris, 2,3%, Uno, 1,8%; Fiesta, 1,7%; March, 1,5%. Mais líder ainda.
Sedã Compacto: Prisma, 19%; Virtus, 11%; Ka, 10%; Voyage, 8,5%; HB20, 8,4%; Cronos, 7,6%; Versa, 7,3%; Logan, 5,8%; Cobalt, 5,6%; Etios, 4,7%; Grand Siena, 4,5%; City, 3,9%; Yaris, 3,6%. Prisma se manteve.
Sedã médio-compacto: Corolla, 45%; Civic, 20%; Cruze, 15%; Sentra, 3,4%; Jetta, 3,3%; Focus, 3,2%; C4 Lounge, 2,5%; Cerato, 1,9%. Liderança folgada.
Sedã médio-grande: Mercedes Classe C, 30%; Fusion, 27%; BMW Séries 3/4, 21%. Em 2019 deve mudar.
Sedã grande: BMW Série 5/6, 38%; Mercedes Classe E/CLS, 30%; Panamera, 19%. BMW volta à ponta.
Sedã de topo: Mercedes Classe S, 56%; BMW Série 7, 20%; Jaguar XJ, 16%. Bem tranquilo, Classe S.
Cupê esportivo: Mustang, 69%; Audi TT, 10%; BMW M2, 7%. Mustang absoluto.
Cupê esporte: 718 Boxster/Cayman, 44%; 911, 35%; Jaguar F-Type, 6%. Porsche domina.
SUV compacto: Creta, 14,8%; HR-V, 14,5%; Kicks, 14,2%. Creta virou o jogo.
SUV médio-compacto: Compass, 51%; ix35/Tucson, 12%; Tiguan, 5%. Domínio total do Compass.
SUV médio-grande: SW4, 44%; Equinox, 17%; Volvo XC-60, 10%. Consolidação do SW4.
SUV grande: Trailblazer, 33%; Mercedes GLC, 9%; Land Rover Discovery, 6%. Trailblazer volta a avançar.
Monovolume: Fit/WR-V, 57%; Spin, 34%; C3 Aircross, 8%. Fit perdeu só um pouco.
Picape pequena: Strada, 48%; Saveiro, 33%; Oroch, 10%. Strada firme, como sempre.
Picape média: Toro, 31%; Hilux, 21%; S10, 17%. Toro reconfirma liderança.
ALTA RODA
RECALL inusitado anunciado pela Volkswagen. Pretende localizar e recomprar 194 veículos que não deveriam ter sido vendidos, entre sete milhões produzidos no Brasil de 2009 a 2018. Estas unidades, sem nenhum defeito relativo à segurança, apresentam especificações diferentes das definitivas, em geral de acabamento. Promete pagar tabela Fipe, se o proprietário concordar.
FONTES na Argentina indicam que Alaskan não entra em produção este ano por lá. Picape média da Renault foi descontinuada no México e ainda permanece sem plano de negócio no Mercosul. Por outro lado, revitalização de meia geração de Sandero e Logan está prevista para outubro próximo. Dessa vez, hatch e sedã serão lançados juntos, como ano-modelo 2020.
JAC T50 é um SUV de estilo bem resolvido e bastante equipado. Colunas largas e vigia subdimensionada restringem a visibilidade traseira, amenizada em parte pela câmera com visão de 360°. Motor de 1,6 L parece ter menos que os 138 cv declarados, mas parte da lentidão se deve à caixa automática CVT. Espaço interno é muito bom. Porta-malas, na média do segmento, não tem os 600 litros, no padrão VDA.
COOPER STANDARD investe para oferecer no Brasil o Fortrex, novo material plástico para vedações diversas que substitui a borracha com vantagens, inclusive de peso. Mangueiras e tubos para turbocompressor, em sua nova fábrica de São Bento do Sul (SC), confirmam a tendência de mais modelos adotarem turbos para garantir maior potência e menor consumo.
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