Stock Car em Curitiba tem vitórias de Felipe Fraga e Lucas di Grassi

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Posted 9 de abril de 2018 by bisponeto in
A segunda etapa da temporada 2018 da Stock Car, disputada neste domingo (8/4) em Curitiba (PR), teve Felipe Fraga e Lucas di Grassi como os vencedores das duas provas. Fraga conquistou sua segunda vitória no traçado da capital paranaense – a primeira foi em 2016, ano de seu título -; já Di Grassi, em sua segunda corrida como piloto titular da categoria, trouxe também a primeira vitória para a Hero Motorsport.

O piloto da Cimed Racing usou de estratégia para neutralizar o então líder Daniel Serra após os pit stops obrigatórios. “O carro está voando, estou cada vez mais confortável nele. Minha estratégia foi não colocar muito combustível na parada e arriscar tudo na primeira corrida. A equipe mandou bem nessa decisão porque existem várias possibilidades na segunda prova, quebras, acidentes, etc., então achávamos melhor priorizar a primeira prova e fiquei muito feliz com o resultado”, declarou Fraga.

Já Lucas, que fez de fato sua primeira corrida completa como piloto titular na Stock Car – em Interlagos, na Corrida de Duplas, ele saiu já na largada após levar um toque e abandonou a prova -, portou-se como o quem está há anos na categoria, embora desfrute ainda do status de estreante. E adotou estratégia justamente contrária à de Fraga, economizando equipamento na primeira disputa para tentar a vitória na corrida seguinte.

“Eu já tenho um pouquinho de tempo no automobilismo, então a gente acaba usando um pouco das coisas que aprendemos no meio do caminho”, brincou o atual campeão da Fórmula E. “Foi minha primeira corrida de verdade na Stock Car, porque as outras foram em dupla, que é um formato bem diferente. Usamos de uma estratégia mais conservadora na prova inicial, abasteci por mais tempo, economizei pneu e push – tanto que terminei a segunda corrida sobrando quatro acionamentos”, revelou.

Ele não disfarçou, entretanto, a satisfação com o resultado em Curitiba. “A corrida da Stock é muito divertida, o formato com o push é muito legal e os carros são muito próximos; é uma categoria muito competitiva”, elogiou o piloto da Hero Motorsport. “Trabalhamos muito para chegar neste nível de carro, e isso resume o nosso esforço e diz que estamos aqui para ficar e para sermos competitivos. Esse negócio de dizer que precisa de muito tempo para aprender é besteira. Precisa é de trabalho e dedicação para andar entre os melhores. Começamos com o pé direito e a equipe merece isso”, disse.

Daniel Serra e Max Wilson fecharam o pódio da primeira corrida com a Eurofarma RC, enquanto na segunda o segundo e terceiro degraus foram ocupados pelo pentacampeão Cacá Bueno, da Cimed Racing, e pelo paranaense Gabriel Casagrande, da Vogel Motorsport.

Com os resultados de Curitiba, a classificação do campeonato mantém Daniel Serra em primeiro agora com 49 pontos. Os resultados de Lucas di Grassi em Curitiba o colocaram em segundo lugar – foi o maior pontuador da etapa. Rubens Barrichello é o terceiro com 32 pontos, empatado com Max Wilson. Gabriel Casagrande somou 31 também no final de semana e fica um ponto à frente de Felipe Fraga e Cacá Bueno, que somam 30. Rafael Suzuki (20), Julio Campos (19), e os empatados Ricardo Zonta e Marcos Gomes (cada um com 17) fecham os dez maiores pontuadores da temporada até o momento.

Corrida 1:

No apagar da luz vermelha de largada, o carro de Rubens Barrichello, o pole position, não acelerou, ficou no meio do pelotão e completou a primeira volta na 24ª posição. Bruno Baptista fez largada espetacular e subiu do 12º para o sexto lugar na primeira volta, logo atrás do companheiro de equipe Lucas di Grassi. Julio Campos também ganhou quatro posições na saída e assumiu o quarto lugar. Outro que fez largada espetacular foi Ricardo Maurício, de 32º para a 21ª posição.

Melhor ficou para Daniel Serra, segundo colocado no grid e que foi para a ponta, sob intensa pressão de Max Wilson e Felipe Fraga. O piloto da Cimed ultrapassou o da Eurofarma para assumir a segunda posição e tentar iniciar um ataque ao líder Serra. A estratégia se definiria fundamental na disputa pela ponta.

Lucas di Grassi ultrapassou Julio Campos pela quarta posição na volta 14, uma antes da abertura dos pit stops. Daniel Serra fez sua parada na 16ª, deixando Fraga provisoriamente na liderança – o campeão de 2016 parou no giro seguinte e retornou à frente de Serra, que nem mesmo usando o botão de ultrapassagem conseguiu retomar a ponta.

Fraga conseguiu manter uma vantagem de cerca de três segundos sobre Serra, enquanto Di Grassi fazia seu pit stop junto de Julio Campos, em uma disputa por posição nos boxes na qual o paranaense da Prati-Donaduzzi levou vantagem sobre o paulistano da Hero Motorsport. O campeão da Fórmula E ainda perdeu a quinta posição para Gabriel Casagrande em seguida.

Imprimindo um forte ritmo, o líder já alimentava uma vantagem superior a cinco segundos sobre o segundo colocado na 22ª volta, e aumentava a cada giro.

O carro de segurança teve de entrar na pista após o acidente entre Guilherme Salas e Valdeno Brito, que disputavam a décima posição e o direito de largar na frente na segunda corrida. O piloto da Bardahl Hot Car bateu na traseira do paraibano da Eisenbahn, os dois rodaram na freada da primeira curva e acabaram fora da corrida.

Situação confortável para Felipe Fraga, que recebeu a bandeira quadriculada da vitória em regime de safety car, com Daniel Serra em segundo e Max Wilson em terceiro. Julio Campos, Gabriel Casagrande, Lucas di Grassi, Cacá Bueno, César Ramos, Marcos Gomes e Rafael Suzuki fecharam os dez primeiros que largam em ordem inversa na segunda prova, de logo mais às 12h05.

Barrichello, que era o pole position e teve o problema na largada, cruzou a linha de chegada da primeira prova na 13ª posição.

Resultado – Corrida 1:

1.º) Felipe Fraga (Cimed Racing), 30 voltas em 42min28s634;
2.º) Daniel Serra (Eurofarma RC), a 1s824;
3.º) Max Wilson (Eurofarma RC), a 2s843;
4.º) Julio Campos (Prati-Donaduzzi), a 3s507;
5.º) Gabriel Casagrande (Vogel Motorsport), a 5s708;
6.º) Lucas di Grassi (Hero Motorsport), a 6s743;
7.º) Cacá Bueno (Cimed Racing), a 10s988;
8.º) Cesar Ramos (Blau Motorsport), a 11s552;
9.º) Marcos Gomes (Cimed Racing Team), a 13s781;
10.º) Guilherme Salas (Bardahl Hot Car), a 15s766;
11.º) Denis Navarro (Cavaleiro Sports), 17s125;
12.º) Bruno Baptista (Hero Motorsport), a 18s167;
13.º) Rubens Barrichello (Full Time), a 18s948;
14.º) Allam Khodair (Blau Motorsport), 23s231;
15.º) Nelson Piquet Jr (Texaco Racing), a 24s453;
16.º) Ricardo Maurício (Full Time), a 27s645;
17.º) Galid Osman (Cavaleiro Sports), a 28s109;
18.º) Guilherme Salas (Bardahl Hot Car), a 2 voltas;
19.º) Diego Nunes (Texaco Racing), a 2 voltas;
20.º) Ricardo Zonta (Shell V-Power), a 5 voltas;
21.º) Átila Abreu (Shell V-Power), a 6 voltas;
22.º) Sérgio Jimenez (Squadra G Force), a 6 voltas;
23.º) Antonio Pizzonia (Prati-Donaduzzi), a 8 voltas.
Melhor Volta: Felipe Fraga – 1min09s097.

Corrida 2:

Entre a comemoração do pódio da primeira corrida e a largada da segunda, foram revelados os seis ganhadores do Hero Push pela votação na internet: Thiago Camilo, Felipe Fraga, Cacá Bueno, Marcos Gomes, Ricardo Zonta e Cesar Ramos. Eles passaram a ter o direito de usar um acionamento extra do botão de ultrapassagem em qualquer momento da prova.

Ramos, saindo em terceiro, se deu melhor e tomou a ponta de Rafael Suzuki e também de Marcos Gomes, o segundo no grid. Lucas di Grassi também pulou bem e foi de quinto para terceiro no giro inicial. Ainda na primeira volta, Gomes superou Ramos para assumir a liderança.

O campeão de 2015, no entanto, parou ao final da reta na abertura da quinta volta, com problemas técnicos no carro da Cimed Racing Team, deixando Ramos na liderança com Di Grassi em segundo e Gabriel Casagrande em terceiro.

Fraga, em oitavo, também enfrentou problemas depois de escapar da pista na primeira curva, danificou a suspensão traseira de seu carro, parou na pista com um princípio de incêndio e forçou a entrada do safety car, justamente no momento em que Di Grassi usava o botão de ultrapassagem para tentar passar Cesar Ramos pela liderança.

A bandeira verde reiniciou as disputas na abertura da 11ª volta, com Gabriel Casagrande colocando pressão sobre Lucas di Grassi. Cesar Ramos, apesar de próximo, manteve a liderança apesar das tentativas dos dois adversários.

O líder foi para os boxes já no início da janela de paradas. Di Grassi parou na volta 16 para seu pit stop e foi para a liderança virtual da corrida com o abandono de Cesar Ramos – virtual porque outros cinco pilotos ainda não haviam feito suas paradas obrigatórias. Por causa do carro da Blau Motorsport parado, o carro de segurança mais uma vez entrou na pista. Ramos aparecia inconsolável ao lado de seu carro, depois de abandonar enquanto ocupava a liderança da corrida.

A relargada veio na 20ª volta com cinco pilotos que ainda não haviam feito seus pit stops ocupando os cinco primeiros lugares. Na ordem, Allam Khodair, Galid Osman, Nelsinho Piquet, Diego Nunes e Max Wilson. Em sexto, Di Grassi era o virtual líder da prova. Cacá Bueno colocou-se entre Lucas e Gabriel para assumir o segundo lugar após todos os pilotos realizarem suas paradas de box. Rubens Barrichello também começava a chegar no grupo da frente ocupando o quinto lugar.

Lucas di Grassi assumiu a liderança real da corrida na volta 23, quando Diego Nunes foi para os boxes. Apenas cinco segundos separavam os dez primeiros colocados. Barrichello superou Antonio Pizzonia pelo quarto lugar, numa grande demonstração de recuperação por parte do campeão de 2014 – e autor da pole position da etapa curitibana.

O líder da Hero Motorsport abriu a volta final com uma vantagem de 1,4 segundo sobre o pentacampeão Cacá Bueno e recebeu a bandeira quadriculada pela primeira vez na frente da principal categoria do automobilismo brasileiro, em sua segunda corrida como titular da Stock Car.

Resultado Corrida 2 – Stock Car:

1.º) Lucas di Grassi (Hero Motorsport), 28 voltas em 41min30s922;
2.º) Cacá Bueno (Cimed Racing), a 0s661;
3.º) Gabriel Casagrande (Vogel Motorsport), a 1s886;
4.º) Rubens Barrichello (Full Time), a 5s777;
5.º) Antonio Pizzonia (Prati-Donaduzzi), a 6s909;
6.º) Rafael Suzuki (Bardahl Hot Car), a 7s536;
7.º) Vitor Genz (Eisenbahn Racing Team), a 8s353;
8.º) Ricardo Zonta (Shell V-Power), a 8s856;
9.º) Thiago Camilo (Ipiranga Racing), a 9s470;
10.º) Daniel Serra (Eurofarma RC), a 10s538;
11.º) Tuka Rocha (Vogel Motorsport), a 11s091;
12.º) Felipe Lapenna (Cavaleiro Contuflex), a 11s535;
13.º) Fabio Carbone (Scuderia Colón), a 14s137;
14.º) Bruno Baptista (Hero Motorsport), a 14s676;
15.º) Denis Navarro (Cavaleiro Sports), a 15s936;
16.º) Diego Nunes (Texaco Racing), a 40s154;
17.º) Max Wilson (Eurofarma RC), a 42s154;
18.º) Nelson Piquet Jr (Texaco Racing), a 44s189;
19.º) Galid Osman (Cavaleiro Sports), a 46s607;
20.º) Allam Khodair (Blau Motorsport), a 2 voltas.
Melhor Volta: Diego Nunes – 1min18s882.

Classificação do campeonato após duas etapas:

1.º) Daniel Serra, 49 pontos; 2.º) Lucas di Grassi, 35; 3.º) Rubens Barrichello, 32; 4.º) Max Wilson, 32; 5.º) Gabriel Casagrande, 31; 6.º) Felipe Fraga, 30; 7.º) Cacá Bueno, 30; 8.º) Rafael Suzuki, 20; 9.º) Julio Campos, 19; 10.º) Ricardo Zonta, 17; 11.º) Marcos Gomes, 17; 12.º) Ricardo Maurício, 14; 13.º) Cesar Ramos, 12; 14.º) Antonio Pizzonia, 10; 15.º) Allam Khodair, 8; 16.º) Vitor Genz, 6; 17.º) Denis Navarro, 5; 18.º) Guilherme Salas, 4; 19.º) Bruno Baptista, 4; 20.º) Thiago Camilo, 4; 21.º) Lucas Foresti, 3; 22.º) Átila Abreu, 2; 23.º) Tuka Rocha, 2; 24.º) Nelsinho Piquet, 1; e 25.º) Felipe Lapenna, 1.

 

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