Ford reverencia lendário piloto da F-1 na pré-venda do Mustang
Produzido em edição limitada, sob a supervisão de Gurney, o capacete é idêntico ao que ele próprio usou em 1962, ao fazer a primeira apresentação pública do protótipo do Mustang durante o Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1. No mesmo ano, ele conquistou sua primeira vitória na categoria.
Em 1967, novamente dirigindo um Ford, Gurney venceu as 24 Horas de Le Mans e criou o famoso gesto de comemoração com champagne. Naquele ano, também foi o último piloto a ganhar uma corrida de Fórmula 1 em um carro projetado por ele mesmo, o seu Eagle-Weslake, no GP da Bélgica.
Do início da carreira até o GP da Alemanha de 1968, passando pela pilotagem histórica do Mustang I, o piloto usou um icônico capacete preto que serviu de inspiração para o modelo que acompanha o primeiro lote do Mustang no Brasil. A peça autografada traz o número 2, uma referência ao período de 1968 a 1969 da sua carreira em que competiu com um Mustang Shelby, e na parte de trás o emblema do Mustang com as cores do Brasil.
“Assim como o carro, esse capacete é uma peça de arte para marcar a história e o legado deste ícone. Queremos que os seus primeiros proprietários sintam-se tão especiais quanto Dan Gurney ao pilotar o protótipo do Mustang”, diz Fernando Pfeiffer, gerente de Produto da Ford.
Segundo ele, cerca de metade das unidades disponíveis no lote inicial de pré-venda do Mustang já foram encomendadas e seus primeiros proprietários começam a receber o capacete como presente de boas-vindas.
Talento e carisma
Dan Gurney faceleu no último dia 14 de janeiro, aos 86 anos, e foi homenageado por fãs do automobilismo de todo o mundo pelo seu talento, carisma e grandes contribuições ao esporte. Primeiro piloto no mundo a vencer corridas na Fórmula 1 (1962), na Nascar (1963) e na Fórmula Indy (1967), ele também ajudou no desenvolvimento do Ford GT40, com o qual venceu as 24 Horas de Le Mans em 1967.
Ao mesmo tempo, Gurney desenvolveu uma série de técnicas e equipamentos usados até hoje no automobilismo – como um dispositivo aerodinâmico na ponta traseira da asa traseira, chamado Gurney Flap, que introduziu na Fórmula Indy.
Dan Gurney foi também um dos pioneiros na adoção dos capacetes fechados. Nos anos 1950, para proteger a cabeça os pilotos usavam simples gorros de couro ou capacetes abertos, derivados da aviação, deixando o rosto exposto. Piloto profissional de corrida desde 1959, Dan Gurney quase foi acertado por uma pedra que atravessou o para-brisa durante uma corrida e sentia falta de uma proteção para o rosto.
Em maio de 1968, nas 500 Milhas de Indianápolis, foi um dos primeiros a usar um capacete fechado, que já havia sido introduzido no motociclismo. Hoje, o equipamento é obrigatório em praticamente todas as categorias do automobilismo.