Ford Del Rey, clássico que soube combinar requinte com eficiência
O design do Del Rey foi marcado pela carroceria de linhas retas, com três volumes bem definidos e versões de duas e quatro portas. Ele era equipado com o robusto motor 1.6 do Corcel, de 69 cv, para oferecer economia de combustível, que passou a ser uma prioridade dos consumidores da época, e soube combinar essa característica com toques de inovação e requinte.
Entre outros equipamentos, trazia trava de segurança para crianças nas portas traseiras, vidros elétricos e cintos de segurança retráteis, considerados grandes novidades na época. Mas o item mais marcante do Del Rey era o console no teto, símbolo máximo de distinção, semelhante aos vistos em aviões, com luzes de leitura e relógio digital com iluminação azul. A versão mais completa do sedã, chamada Ouro, oferecia ainda bancos de veludo, retrovisores com comando interno, rodas de liga leve e faróis de neblina.
A suspensão firme e silenciosa era outro atributo elogiado do veículo. Em 1983, o Del Rey ganhou a opção do câmbio automático e no ano seguinte incorporou o motor CHT, que tornou o seu desempenho mais ágil. A linha foi reestilizada em 1985, trazendo as versões GL, GLX e Ghia, e no ano seguinte passou a oferecer direção hidráulica de série. Em 1989, introduziu o motor 1.8.
Essas características e outros aprimoramentos mecânicos que se seguiram fizeram com que o modelo se tornasse referência em acabamento e versatilidade, introduzindo no Brasil o conceito de carros médios de luxo. Em seus 10 anos no mercado, o Del Rey vendeu cerca de 350.000 unidades e representou com brilho os valores da marca. Em 1992, foi substituído pelo Versailles e deixou saudades nos fãs que viveram essa década de grandes transformações.