Gustavo Martins vence corrida da Copa Petrobras de Marcas

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Posted 10 de dezembro de 2016 by bisponeto in
A primeira das duas baterias finais da temporada da Copa Petrobras de Marcas, disputada na manhã deste sábado (10/12) no autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi recheada de emoções. De praticamente todos os oito postulantes ao título disputando posição palmo a um final surpreendente, o resultado provoca uma reviravolta na classificação do campeonato rumo à corrida final, que acontece neste domingo (11/12) às 15h20.

A vitória ficou com Gustavo Martins, da Honda. O piloto gaúcho, que até então era o quarto colocado no campeonato, era o quinto na corrida até que sua sorte começou a mudar na sexta volta. Gabriel Casagrande liderava a prova, tendo largado da pole position, e era pressionado por Nonô Figueiredo, que por sua vez também era perseguido por Thiago Marques, Vicente Orige e Gustavo Martins.

No sexto giro, Marques tentou por dentro sobre Figueiredo na curva da Junção. O Toyota Corolla tocou no Chevrolet Cruze. O carro de Nonô rodou e foi acertado pelo Civic de Orige, colocando fim à prova do então vice-líder da competição. Figueiredo conseguiu continuar, caindo várias posições, e Marques acabou excluído da prova por atitude anti-desportiva.

“Os cinco primeiros ali tinham que ganhar a corrida, porque todos ali lutavam pelo título. Do jeito que eu passei forçando dois carros da Honda, eu fui passar o Nonô do mesmo jeito. Evidentemente, eu não queria complicar a corrida dele. Foi um toque tão sutil que eu ainda tentei voltar o carro dele para a corrida e eu devolveria a posição” explicou. “Mas isso fez com que o Orige acertasse o carro do Nonô e ficasse fora da corrida. Quando isso acontece, o causador do toque acaba desclassificado. Realmente lamento por ter complicado a corrida deles, aceito a punição – os comissários agiram corretamente, porque o Orige acabou ficando fora da prova -, mas eu só tinha uma chance e eu não tinha outra possibilidade a não ser tentar ganhar a corrida”, resignou-se o piloto do Toyota Corolla #1.

Alheio a tudo isso, Casagrande liderava e passou a alimentar uma vantagem de quatro segundos sobre Martins, o novo segundo colocado. Nonô caíra para o nono lugar – péssimo resultado para quem até então liderava a competição. Fora da luta pelo título, Willian Starostik e Daniel Kaefer travavam um bom duelo pelo terceiro lugar. Mesmo assim, Starostik também pressionava Martins, mas acabou escapando da pista na freada da Junção na volta 11, perdendo o posto para Kaefer.

Na penúltima volta da prova Casagrande, que liderava com quatro segundos de vantagem sobre Gustavo Martins, perdeu velocidade na Subida do Café. Seu Renault Fluence parou na pista com problemas na homocinética a alguns metros de abrir a volta final da corrida. O abandono reduziu bastante as suas chances de conquistar o título, e mais do que isso, de se isolar como o maior vencedor da história da Copa Petrobras de Marcas.

“Foi quebra de homocinética. Extremamente frustrante”, apontou. “Eu tinha a corrida na mão. No início a gente até teve que segurar um pouco o ritmo, porque o resultado que a gente teria naquela situação não era o que a gente precisava para ser campeão. E agora as chances são quase zero. A gente podia se isolar como o maior vencedor da categoria, mas não deu. Faz parte. Estava ganho. E não ganhamos. O carro estava perfeito, era só levar até o final, e aí teve essa quebra. É uma máquina, e estamos sujeitos a isso”, lamentou.

A vitória, assim, praticamente caiu nas mãos de Gustavo Martins, que estava no lugar certo e na hora certa, tendo sabido evitar as confusões durante toda a duração da prova. “A corrida foi bem complicada. Tentei manter meu ritmo e o pensamento positivo. E graças a Deus conseguimos vencer e reassumir a liderança que foi minha durante mais da metade do campeonato. Agora vamos brigar por este título com unhas e dentes”, contou.

“A disputa estava bem dura entre o Casagrande, o Nonô e o Thiago. Fiquei acompanhando e economizando um pouco os pneus porque algo poderia acontecer ali e eu teria chances de passar – jamais torcendo contra meus companheiros de pista, mas eu tive a sorte e fiz uma tática que deu certo. Amanhã eu tenho de ir para cima, tentar chegar o mais à frente possível para levantar o troféu de campeão”, disse o piloto da JLM, que retoma a liderança do campeonato, agora com 217 pontos, seis à frente de Nonô Figueiredo, que ainda lucrou com o abandono de Casagrande ao terminar na oitava posição, garantindo que largue do primeiro lugar na prova de domingo.

No entanto, o piloto e chefe da equipe Onze Motorsports não estava tão contente. “O Thiago cometeu um erro, me tirou da corrida, tirou o Orige e acabou tirando a si mesmo. Aconteceu com ele em Curvelo, e ele reclamou bastante – e com razão. Mas do que ele reclamou em Curvelo ele fez o mesmo aqui. Atrapalhou meu campeonato, o do Orige, talvez o de outros pilotos. Faz parte, espero que ele aprenda com isso e no futuro ele pense duas vezes. Hoje era uma corrida para se chegar o mais à frente possível”, disse.

Para Figueiredo, Casagrande adotou uma tática de aproximar todos os adversário, como fez Lewis Hamilton na corrida final da temporada da Fórmula 1 em Abu Dhabi há duas semanas, diminuindo o ritmo e permitindo que outros pilotos atacassem seu adversário mais próximo pelo título. “O Casagrande não era lento no miolo; ele estava tirando o pé para embolar. A telemetria pode provar isso. A tática dele estava funcionando, mas eu não faria isso. Para ser um campeão é necessário primeiro saber perder, e aí entender o que é vencer. O que ele fez contribuiu para o que aconteceu com o Thiago, comigo e com o Orige. Terminei em oitavo, largo em primeiro. Tenho que fazer a corrida da melhor forma que posso para tentar chegar o mais à frente possível para aí ver o que acontece”, concluiu. Vicente Orige só somou dois pontos e agora é o terceiro com 199.

O grid da corrida decisiva de domingo, que dá 35 pontos ao vencedor – como foi hoje -, terá três dos cinco postulantes ao título entre os oito primeiros. Nonô larga em primeiro; Gustavo, em oitavo. Entre eles largam Guilherme Salas em quinto – o piloto da Greco-Renault ocupa a mesma posição na tabela com 184 pontos.

A decisão do título da Copa Petrobras de Marcas 2016 acontece neste domingo (11) às 15h20 com transmissão ao vivo da Band.

Resultado Corrida 1:

1.º) Gustavo Martins (JLM Racing/Honda Civic), 15 voltas em 28min03s385;
2.º) Willian Starostik (C2 Team/Renault Fluence), a 1s590;
3.º) Daniel Kaefer (JLM Racing/Honda Civic), a 2s450;
4.º) Guilherme Salas (Greco/Renault Fluence), a 5s545;
5.º) Felipe Tozzo (Friato Racing/Team Ford Focus), a 6s995;
6.º) Thiago Klein (Paraguay Racing/Toyota Corolla), a 7s114;
7.º) Carlos Souza (JLM Sport/Honda Civic), a 19s578;
8.º) Nonô Figueiredo (Onze Motorsports/Chevrolet Cruze), a 20s014;
9.º) Enrico Bucci Friato (Racing Team/Ford Focus), a 34s489;
10.º) Odair dos Santos (Paraguay Racing/Toyota Corolla), a 34s796;
11.º) Ayman Darwich (RSports/Chevrolet Cruze), a 38s933;
12.º) A.Navarro/L.Romera (RSports/Chevrolet Cruze), a 1 voltas;
13.º) Gabriel Casagrande (C2 Team/Renault Fluence), a 2 voltas.

Classificação do Campeonato:
1.º) Gustavo Martins, 217; 2.º) Nonô Figueiredo, 211; 3.º) Vicente Orige, 199; 4.º) Gabriel Casagrande, 188; 5.º) Guilherme Salas, 184; 6.º) Thiago Marques, 174; 7.º) Carlos Souza, 166; 8.º) Daniel Kaefer, 159; 9.º) Willian Starostik, 127; e 10.º) Felipe Tozzo, 114.

PROGRAMAÇÃO:

Domingo, 11 de dezembro:

08h20 – Largada Campeonato Brasileiro de Turismo;
10h10 – Largada Stock Car;
11h15 – Visitação aos Boxes/Volta Rápida;
12h45 – Largada Mercedes-Benz Challenge;
14h10 – Largada (Corrida 2) Fórmula 3 Brasil;
15h20 – Largada (Corrida 2) Copa Petrobras de Marcas;
16h50 – Largada C250 CUP Corrida Promocional.

(Fotos: Duda Bairros/Fernanda Freixosa).

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