Metropolitano: Rafael Bastos volta a acelerar em Curitiba
“O uso direto deste colete por quase dois meses acelerou a calcificação óssea da vértebra fraturada, por outro lado, resultou em uma atrofia muscular da região do tórax. O médico me liberou para pilotar na próxima etapa, mas não para fazer atividades físicas durante o regime de desmame. Isso significa que meu corpo ainda está debilitado em questão de preparo físico. Em função disso, possivelmente eu opte por dividir o carro com outro piloto nas provas deste final de semana com o objetivo de diminuir o meu esforço físico e não influenciar negativamente o processo de recuperação”, declarou Rafa Bastos. Depois de analisar o diagnóstico do lageano, o fisioterapeuta Rafael Lupatini, que também é piloto, explicou que a lesão ocorreu porque houve uma pressão muito forte de uma vértebra em cima da outra.
“A 11ª vértebra lesionada é torácica. Os movimentos que a pilotagem exige e os solavancos do carro fazem com que a dor seja insuportável se a lesão não estiver completamente cicatrizada, além de não favorecer em nada a recuperação. A coluna vertebral funciona como o eixo principal de sustentação do aparelho locomotor e a condição clínica do piloto Rafa Bastos exigiu que essa estrutura fosse submetida à restrição funcional. O colete corretivo atrofiou os músculos da caixa torácica e o desmame fará com que, gradativamente, a vértebra volte a receber a pressão normal do corpo até que consiga um bom resultado de posicionamento sem o colete. A partir de então, ele terá que desenvolver a musculatura, de forma gradual, com exercícios e movimentos articulares, e fortalecimento abdominal. Como em qualquer outro esporte, o bom condicionamento físico é muito importante para que o piloto consiga extrair o melhor rendimento do carro”, explicou Lupatini.
“A expectativa para este final de semana é de recomeço. O carro, que apresentou falhas na primeira etapa e foi pilotado por outro piloto a fim de testar o acerto, foi remontado pela equipe de mecânicos da Roger Preparações. Há uma semana uso o colete somente no período da manhã. Ainda não consigo fazer movimentos bruscos, mas estou otimista. Vou me dedicar as atividades recomendadas pelo médico e fisioterapeuta, e segundo eles, em dois meses, tanto a vértebra quanto o meu condicionamento físico estarão completamente recuperados. Enquanto isso, qualquer ponto que alcançarmos nas duas próximas etapas serão importantíssimas para o objetivo final, que é o título máximo da categoria Marcas”, finalizou o piloto Rafa Bastos.