F-1: Hamilton vence de ponta a ponta na China

Hamilton manteve a “ponta” na largada, enquanto Vettel passou Ricciardo e assumiu o segundo lugar. O australiano da RBR também perdeu a posição para Alonso. A decepção ficou por conta de Rosberg, que caiu para sétimo, tocando em Bottas. Mas com o bom carro da Mercedes, Rosberg recuperou terreno rapidamente. Primeiro, deixou Hulkenberg para trás. Pouco tempo depois, ultrapassou Massa e assumiu a quinta posição. O primeiro abandono da prova ficou por conta de Adrian Sutil, na 7ª volta, com problemas em sua Sauber. Lá na frente, Hamilton voava, abrindo quase 10 segundos para Vettel em dez voltas.

Felipe Massa, que na largada chegou a ser tocado por Alonso, poderia ter brigado com o espanhol por um lugar no pódio, mas a “barbeiragem” da Williams em seu primeiro “pit stop”, na 11ª volta, prejudicou sua corrida. Os mecânicos trocaram os pneus traseiros entre si. Ao perceber o equívoco, eles se corrigiram, mas tiveram muita dificuldade para fixar as rodas corretamente por as terem forçado antes. Com isso, o brasileiro ficou uma “eternidade” nos boxes, caindo para a última posição. No fim, completou a prova em 15º, longe da zona de pontuação.

Quem ameaçou o pódio de Alonso mais uma vez, foi o inspirado Daniel Ricciardo. O australiano da RBR chegou a ser superado por Sebastian Vettel no início, mas imprimiu um bom ritmo. Acelerou e forçou o tetracampeão mundial (pela segunda prova seguida), a receber ordem dos boxes para abrir caminho. O alemão chegou em quinto, seguido por Nico Hulkenberg (Force India) e Valtteri Bottas (Williams). Discreto, Kimi Raikkonen completou a prova na oitava posição. Sergio Pérez (Force India) e Daniil Kvyat (STR) completaram a zona de pontuação.

Mas o equívoco da Williams com Massa não foi à única lambança da prova. Um erro grosseiro da direção de prova, por pouco não causou grande confusão. O comissário mostrou a bandeira quadriculada para Hamilton na penúltima volta. De acordo com o Regulamento, se a bandeirada é mostrada equivocadamente antes do previsto, o resultado final é determinado pelo fim da volta anterior. Com isso, foi levada em consideração a classificação da 54ª das 56 voltas. Por sorte, o erro não teve grandes conseqüências. A única alteração foi a inversão das posições de Kamui Kobayashi e Jules Bianchi, que haviam completado em 17º e 18º, respectivamente.

Em cena inusitada, Vettel (com pneus desgastados), foi ultrapassado e deixado para trás pela Caterham de Kobayashi, que estava uma volta atrás. Pelo rádio, Vettel reclamou de ter sido ultrapassado pelo retardatário: “Está de brincadeira. Ele me passou porque está com pneus melhores. Duas voltas depois isso vai mudar”. Daqui a três semanas a Fórmula-1 volta para a chamada “temporada européia”, pois oito das nove próximas corridas serão disputadas no “velho continente”. O GP da Espanha está marcado para o dia 11 de maio próximo.

Resultado final do GP da China (após 54 das 56 voltas previstas):

1.º) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1h33m26s338;
2.º) Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 18s0;
3.º) Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 23s6;
4.º) Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault), 27s1;
5.º) Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault), 47s8;
6.º) Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes), 54s3;
7.º) Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes), 55s7;
8.º) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1m16s3;
9.º) Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes), 1m22s6;
10.º) Daniil Kvyat (RUS/STR-Renault), 1 volta ;
11.º) Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1 volta;
12.º) Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Renault), 1 volta;
13.º) Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes), 1 volta;
14.º) Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault), 1 volta;
15.º) Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes), 1 volta;
16.º) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber-Ferrari), 1 volta;
17.º) Jules Bianchi (FRA/Marussia-Ferrari), 1 volta;
18.º) Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault), 1 volta;
19.º) Max Chilton (ING/Marussia-Ferrari), 2 voltas;
20.º) Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault), 2 voltas.

Volta mais rápida: Nico Rosberg, com 1m40s402 na volta 39.