Estepe menor gera polêmica

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Postado 14 de abril de 2014 por bisponeto em
Começam a surgir reclamações de consumidores que adquiriram modelos de automóveis no País, equipados com pneu estepe menor do que os normais. Falta de estabilidade na direção, distância do chão comprometida, dificuldades para frear e perda de força do carro. Estas são as principais reclamações.

A prática do uso do pneu estepe menor foi adotada há alguns anos. Entretanto, desde meados do ano passado, está em trâmite na Câmara dos Deputados o projeto de lei PL 3214/2012 de autoria do Deputado Vieira da Cunha (PDT/RS) que regulamenta a obrigatoriedade de o estepe ser exatamente igual aos outros quatro pneus do veículo. Mas a lei é contestada pelas montadoras e por analistas do setor. E apesar das inúmeras reclamações dos usuários, as montadoras afirmam em sua defesa que em todos os manuais dos veículos há especificações sobre o uso do pneu menor. E a velocidade reduzida é um dos pontos principais mencionado na maioria dos manuais.

De acordo com os manuais, o motorista que estiver com o estepe no lugar de um dos pneus originais, não deve, em hipótese alguma, por questão de segurança, ultrapassar os 80 km/h. Como nossas estradas não são e pavimentações nacionais (há exceções), não são de alta qualidade e, deixar o veículo rodar, mesmo que em emergências, somente com o estepe, alteraria demais sua estabilidade. Manter o pneu menor, contudo, colabora com ações mais sustentáveis. Afinal, o peso do pneu um pouco menor auxilia a gastar menos combustível e, conseqüentemente, a poluir menos. Será? Tem quem não acredite.

Outra justificativa é a de que o estepe deve ser usado somente para pequenos percursos. A idéia é que o motorista consiga chegar a alguma borracharia (o que está difícil de encontrar, principalmente em estradas ou rodovias) ou loja especializada para consertar, adquirir um pneu novo ou mesmo que consiga esperar, com o carro parado na garagem, a chegada de um pneu novo comprado pela internet. Além disso, as montadoras também estão amparadas pelo fato de que o estepe é um peso morto e quase nunca é usado. A medida seria corretíssima se o pavimento brasileiro fosse de qualidade, como acontece nos países europeus e nos EUA. Por lá, o pneu raramente fura ou sofre danos por defeitos na pista de rolagem.

Mas esses argumentos descritos nos manuais que acompanham os carros, que acabam por transferir a “culpa”, em caso de acidente, em parte ao próprio consumidor. É preciso ficar atento e aguardar as mudanças nas leis. É preciso, portanto, ficar atento e aguardar as mudanças nas leis. Em razão do impasse, só resta ao consumidor manter o estepe do carro (pequeno ou não), em ordem para evitar surpresas desagradáveis.

 

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