Parque Iguaçu recebe ônibus híbridos
Dentro do conceito de ônibus “sightseeing” sem janelas, para proporcionar o máximo contato com o meio ambiente, a frota é composta do novo modelo Marcopolo Viale DD Sunny montado sobre o chassi Volvo B-215 RH híbrido produzido em Curitiba. Seu interior foi preparado de forma a não sofrer o impacto do grande volume de água das Cataratas: o assoalho é revestido de poliureia e as laterais, de alumínio corrugado.
A grande novidade do ônibus híbrido, além da percepção inicial, está na redução de poluentes (material particulado e óxidos de nitrogênio em até 90%) e consumo (35%, em média). Sem incentivos do governo brasileiro, por outro lado, seu custo ainda é alto. Enquanto um chassi híbrido sai por R$ 450 mil cada, um ônibus convencional a diesel é vendido pela metade do preço. O motor do B-215 RH é um quatro cilindros de 215 cv de potência acoplado a um câmbio automatizado de 12 marchas. Para o percurso sinuoso e quase plano da estrada do parque, onde a velocidade não passa dos 30 km/h, é o mais adequado. Tanto é que a Cataratas pretende substituir gradualmente toda a frota de 18 veículos pela nova tecnologia. A energia do motor elétrico, utilizado para movê-lo da inércia aos 20 km/h, é gerada pela frenagem regenerativa.
Ele foi desenvolvido a pedido da Cataratas, que queria um ônibus exclusivo diferente do Viale DD Sunny anterior – utilizado em Salvador e Campo Grande –, o novo DD é inspirado no “design” da linha Viale BRT, com dianteira e traseira inclinadas, faróis e lanternas em LEDs (diodos emissores de luz). Cada veículo, com 12,5 metros de comprimento, tem capacidade para transportar 62 passageiros sentados, sendo 45 no piso superior e 17 no piso inferior.
Pelo menos por enquanto, não há previsão de testes do híbrido em Belo Horizonte (MG), nem mesmo no Move, o transporte rápido por ônibus (BRT).