Carlos Ghosn faz palestra na Fiep
De acordo com Ghosn, a situação econômica na Europa ainda é preocupante. A expectativa é de que o mercado automotivo encolha cerca de 5% neste ano, completando o sexto ano consecutivo de declínio. “Pelo menos até 2016, o mercado automobilístico europeu ainda não terá recuperado seu nível de 2007, antes da crise”, observou.
No contexto mundial, no entanto, a previsão é de que o mercado automotivo cresça aproximadamente 3% este ano. Isso, graças ao desempenho positivo dos mercados emergentes. Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) são considerados hoje fundamentais para o setor por seu enorme potencial de crescimento. “O Brasil, neste cenário, é hoje um dos mercados mais importantes do mundo. Desde 2011 o País tornou-se o segundo mercado mais importante da marca, superado apenas pela França, e é um dos pilares da nossa estratégia de crescimento internacional”, destacou.
No entanto, observou o executivo, que é preciso dar atenção especial aos custos. Ele considerou positivas as iniciativas do governo federal neste sentido, tais como a redução do IPI, dos custos da energia elétrica e também da Medida Provisória visando à maior eficiência dos portos brasileiros. “Acreditamos no potencial brasileiro. Estimamos que o mercado do País deva chegar a 4,2 milhões de unidades até 2017.
Nosso objetivo neste ano é continuar crescendo acima do mercado e, até 2016, alcançar 8% de participação com a marca Renault e 6% com a Nissan”. Durante o evento Ghosn esteve acompanhado do presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet. Ambos foram recebidos na FIEP pelo presidente da entidade, Edson Campagnolo.
Pela manhã, o executivo visitou também as novas instalações do Complexo Ayrton Senna, cuja capacidade de produção foi ampliada de 280 para 380 mil carros por ano, mediante investimentos de R$ 500 milhões, os quais fazem parte de um plano total de R$ 1,5 bilhão para o período 2010-2015. A conquista de novos patamares de produção vem acompanhada também da geração de novos empregos. Desde 2011 foram abertos 1.200 novos postos de trabalho e outros 500 estão em fase de contratação. Hoje a Renault do Brasil conta com 6.500 colaboradores.
Em Curitiba, o CEO da Aliança Renault Nissan participou de um encontro com o Governador Beto Richa, no Palácio das Araucárias. Amanhã (18 de junho), em São Paulo, ele participa da segunda edição do Women’s Fórum Brasil, da qual a Aliança Renault-Nissan é uma das patrocinadoras.