Venda de veículos cresce 21,8%
No acumulado do ano as vendas somam 3,63 milhões de veículos, com evolução de 5,3% na comparação anual. Com isso, faltam 180 mil licenciamentos para que o mercado interno alcance a projeção da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, de encerrar o ano com crescimento de 4,9% sobre 2011, para 3,81 milhões de unidades. Para alcançar esse volume, será necessário acelerar o ritmo até o fim do mês. Levando em conta os feriados, faltam poucos dias úteis para 2012 acabar.
Foram licenciados 181,6 mil unidades no período, com média diária de vendas de 16,5 mil veículos/dia. As vendas devem se manter aquecidas até o fim do mês, estimuladas pela expectativa de fim do desconto no IPI no dia 31 de dezembro e pelo aumento da renda da população com o 13º salário.
Veículos pesados
Com 9 mil unidades, as vendas de veículos pesados confirmaram tendência de recuperação com crescimento de 15,4% na primeira quinzena de dezembro sobre o mesmo período de novembro. Ainda assim, há queda de 3,5% na comparação com o resultado anotado há um ano. Em 2012, o setor foi abalado pela redução do ritmo de expansão da economia e pelo início do Euro 5, ou Proconve P7, nova legislação de emissões que tornou os veículos mais caros. Desde setembro, no entanto, as vendas começaram a apontar para cima, puxadas pelas novas condições de financiamento pelo Finame/BNDES, com juros de 2,5% ao ano. Nos primeiros 11 dias úteis do mês, foram vendidos 7,2 mil caminhões, com alta de 9% na comparação mensal e redução de 5,7% na anual.
Mas segmento de ônibus teve desempenho ainda mais positivo, com crescimento de 52,3% ante a primeira quinzena do mês anterior e de 6,8% sobre a primeira metade de dezembro de 2011. Foram vendidos 1,7 mil chassis no período. A alta pode ter sido impulsionada pelas entregas de unidades para programas governamentais, como o Caminho da Escola.
Os fabricantes de ônibus afirmam que as aquisições do governo foram capazes de acelerar o ritmo das fábricas. As empresas têm encomendas para os próximos seis meses. Apesar disso, a aceleração ainda não aparece nos números do acumulado do ano, que apresenta queda de 13,8% no ano.