Renault-Nissan, faz balanço de 2012
Quanto à participação da Renault no mercado brasileiro – que hoje é de 6,7% -, o chefão da fabricante francesa reforçou que a meta é chegar aos 7% em 2013 e atingir 8% até 2016. Para cumprir esses objetivos Ghosn dirige o Grupo se baseando em três pilares: lançamento de novos produtos, expansão da rede de concessionárias e aumento da capacidade produtiva.
Com o novo Clio para o mercado brasileiro, que conta com o Duster e agora o Fluence GT, a renovação e ampliação da gama é o primeiro ponto para atingir a meta. Quando perguntado sobre a defasagem dos modelos brasileiros em relação à Europa, Ghosn rebateu dizendo que esse “gap” está cada vez menor e que a Renault sempre tem interesse em trazer novos modelos para o Brasil. Mas que nem sempre é possível por se tratarem de diferentes mercados.
Em relação às concessionárias, a Renault conta com 234 unidades espalhadas pelo País. Com investimentos no Brasil, a Renault vai ampliar o complexo que possui em São José dos Pinhais, no Paraná. A fábrica ficará fechada cerca de dois meses para as obras, de 7 de dezembro a 7 de fevereiro. Tudo para ampliar a produção de 280 mil para 380 mil carros por ano. Além desta, a Fábrica de Motores também terá sua capacidade ampliada, para passar de 400 mil para 500 mil motores anuais. O brasileiro também enfatizou a importância dos países em desenvolvimento com o próprio Brasil, Rússia, China e Índia, na estratégia de internacionalização da marca e ao crescimento das vendas frente a crise européia.
Também sobre os possíveis absurdos lucros das fabricantes de carro no Brasil, Carlos Ghosn disse: “Os lucros da Renault estão em linha com os lucros da empresa nos demais mercados”, finalizou. Para 2013, as projeções de crescimento da Renault no Brasil não são muito otimistas. A montadora francesa espera chegar a um percentual de 2%, devido a paralisação da fábrica e a volta do IPI a tarifação normal.
Nissan
A Nissan vai inaugurar sua primeira fábrica no Brasil, em 2014, em Resende, no Rio de Janeiro. Atualmente a Nissan produz poucos veículos na fábrica da Renault, em Curitiba. A montadora produzirá, inicialmente, o March e terá capacidade para 200 mil carros anuais. Ghosn comentou que a instalação tem grande importância para a Aliança. “Construiremos essa fábrica o mais rápido possível para diminuir a importação de carros do México”, disse. Para fechar 2012, a Nissan está calculando que 110 mil carros da marca serão comercializados e dois mil empregos gerados. A Nissan também está mudando seu “quartel-general” de Curitiba para a Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro.